O Turismo de Portugal lançou esta sexta-feira uma nova “call” destinada a “start-ups” com potencial para dinamizar projetos inovadores turísticos com limite de 100 mil euros por iniciativa.

Segundo a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, esta sexta-feira presente no “webinar” de apresentação da nova “call” Fostering Innovation in Tourism (FIT), o programa — lançado em 2016 – estará aberto até dia 21 de maio para receber candidaturas, sendo a expectativa que os acordos de investimentos possam ser firmados “ainda no mês de setembro”.

Os projetos deverão ter potencial para contribuir para o desenvolvimento da oferta turística do país, para aumentar a competitividade das empresas no setor e para melhorar a experiência do turista e subir o seu grau de satisfação.

Segundo a governante, basicamente visa dinamizar projetos inovadores de base turística através de um apoio que permita viabilizar modelos de negócios. O investimento a realizar pela Portugal Ventures será até ao limite de 100 mil euros por projeto e as candidaturas vão estar aberto até 21 de maio. A expectativa, segundo a governante, é que o acordo para o investimento possa ser firmado ainda no mês de setembro.

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Desde o seu início, este programa já envolveu 897 “startups” e projetos, que totalizaram um investimento de 5,1 milhões de euros, a que correspondeu um incentivo de três milhões de euros.

Durante a apresentação do programa, que contou também com Sérgio Guerreiro, do Turismo de Portugal, a palavra de ordem para a retoma do setor turístico após o levantamento do estado de emergência na sequência da pandemia da Covid-19 será “inovar e instigar confiança”.

Já o era no passado, hoje ainda mais”, sublinhou a secretária de Estado do Turismo, acrescentando que depois do choque é necessário “encontrar oportunidades” nas diferentes áreas.

Rita Marques reiterou que o Governo está a preparar “um plano de retoma a dois anos para o setor do turismo, muito impactado com esta pandemia”, que visa estimular a procura pelo destino sol e praia, mais tradicional, mas também responder a “novos apetites” que vão surgir, nomeadamente por destinos que promovam a natureza, o bem-estar e a saúde.

A secretária de Estado recordou uma vez mais que em agosto de 2019, cerca de 50% das dormidas foram asseguradas pelos mercados nacional, espanhol e do Reino Unido e, por isso, o foco da recuperação dos próximos dois anos deverá estar em estimular o consumo nestes mercados: o mercado interno alargado (com contributo de Espanha), os mercados do Reino Unido e da França e “um ou outro mercado”.

Questionada pelos participantes do “webinar”, Rita Marques referiu que o turismo de negócios das grandes feiras “tal como o conhecemos” terá que mudar, pelo que será uma oportunidade de inovação para os empreendedores.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, de acordo com dados desta sexta-feira da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.