A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já determinou algumas das recomendações às dioceses para retomar as atividades presenciais da Igreja. Embora a abertura das igrejas aos fiéis esteja prevista para o fim-de-semana de 30 e 31 de maio, a CEP recomenda que alguns sacramentos, entre os quais o casamento, sejam adiados para depois de setembro.

Num comunicado emitido este sábado, a CEP enalteceu o “regozijo pela criatividade das comunidades cristãs na intensificação das formas de praticar a fé entre os jovens e nas famílias”. Essa mesma criatividade terá agora de ser aliada a maiores cuidados e também a algumas cedências na retoma da atividade da Igreja em Portugal.

Algumas atividades deverão ser retomadas já a 30 e 31 de maio, entre as quais estão as missas e também as visitas individuais. Para que estas aconteçam, deverão ser observados os “requisitos determinados pelas autoridades de saúde”. Da mesma forma, será retomado também o sacramento da reconciliação, vulgo confissão — mas terá de ser garantido “o devido distanciamento entre o confessor e o penitente”, sem que isso quebre o “inviolável segredo da confissão”.

As cerimónias fúnebres deverão ser celebradas no templo ou no cemitério, garantindo-se a possibilidade de os familiares estarem presentes. Embora não seja referido um limite ao número de familiares, a CEP recomenda de qualquer modo que se observem as “normas de segurança que impeçam a tranmissão do coronavírus”.

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De acordo com o comunicado em causa, todas os sacramentos que “implicam contacto físico, como as unções, devem ser adiadas para o próximo ano pastoral”, isto é, para depois de setembro de 2020. Fica assim a recomendação de adiar para lá dessa data os casamentos entretanto agendados. O mesmo se aplica às unções, embora a CEP reconheça que em “casos particulares como o batismo e a unção dos doentes” possa ser aberta uma exceção, desde que sejam garantidas as “devidas cautelas de saúde e normas de segurança”.

De igual forma, a CEP recomenda às dioceses que adiem para o próximo ano pastoral a realização presencial de atividades formativas como a catequese — que até lá deverá ser realizado “apenas por meios telemáticos”.

Além disso, também as procissões, festas, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares que a CEP classifica de “passíveis de forte propagação da epidemia” deverão ser adiadas para o próximo ano pastoral.

Estas medidas não são de cariz obrigatório e servem apenas de linhas orientadoras para cada diocese. Esta quinta-feira, o Governo já tinha anunciado a abertura das igrejas a partir do fim-de-semana de 30 e 31 de maio, salvo nova avaliação.