A Bugatti fabrica apenas um modelo, o Chiron, mas faz render o peixe ao produzir inúmeras versões, qual delas a mais espectacular. Além dos coupés normais, todos eles com o imponente motor com oito litros, 16 cilindros em W com quatro turbocompressores e 1500 cv, fabrica ainda o Chiron Divo, o La Voiture Noire, o Sport e o 300+, o único que possui mais 100 cv e ultrapassa a velocidade máxima dos restantes (420 km/h, limitada electronicamente), voando até aos 490 km/h. Face a esta exuberância, causa alguma estranheza que o Chiron Pur Sport, logo com esta denominação, se veja limitado a 351 km/h.

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Para o responsável pela Investigação e Desenvolvimento da Bugatti, Stefan Ellrott, “é tudo uma questão de prioridades, pois a aerodinâmica ideal para atingir uma velocidade máxima elevada não é a mesma para descrever curvas mais depressa, onde é necessário o máximo apoio aerodinâmico”.

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O técnico conta ainda que “a afinação do chassi foi alterada, tal como foi modificado os alinhamentos das rodas à frente e atrás, além de incrementado o camber nas quatro rodas, tendo sido montadas molas mais duras”. Pode parecer pouco, mas num modelo que atinge 420 km/h, uma alteração na convergência, camber ou alinhamento pode levar ao excessivo aquecimento de uma área específica do pneu – que é bom recordar, são de série e não de competição –, provocando uma deterioração ou rebentamento.

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O Chiron Pur Sport é ainda 50 kg mais leve e, apesar de debitar a mesma potência, o seu motor faz mais 200 rpm do que os restantes, estando instalada uma desmultiplicação mais curta – e daí que o Pur Sport seja o Chiron mais rápido até aos 100, 200 e 300 km/h –, o que também pode explicar em parte a necessidade de limitar a velocidade. Quer isto dizer que o Chiron Pur Sport é menos veloz em relação aos seus “irmãos”, mas em estrada ou pista não há quem lhe faça frente.