Portugal tem 26.715 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quinta-feira, dia 7 de maio. Houve um aumento de 533 casos, num acréscimo percentual de 2%, mais 0,1% do que na véspera, o que em termos brutos não acontecia desde 25 de abril (a partir daí foi sempre abaixo dos 500). Já o número de mortes subiu de 1.089 para 1.105, mais 16, o que fez descer ligeiramente a taxa de letalidade para 4,14% (4,16% na véspera). Por fim, o número de casos recuperados passou para 2.258, mais 182 do que na véspera, uma subida de 8,8%, depois dos 333 recuperados em 24 horas na véspera.
Em paralelo, num dia em que se confirmou a preponderância de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo em comparação com o Norte (bem como a maior incidência entre pessoas abaixo dos 50 anos, com 65% dos novos casos), nota ainda para a terceira subida consecutiva no número de casos internados, desta vez com mais 36 do que na véspera (subida de 4,3%). Depois da grande descida na segunda-feira de 5%, houve entre terça-feira e hoje um aumento de 61 casos internados, contrariando a tendência das últimas duas semanas e meia. Também o número de contactos em vigilância com as autoridades de Saúde subiram 11,1% (mais 2.739 casos).
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A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta quinta-feira, dia 7 de maio, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Mais de 500 novos casos mais de dez dias depois. Portugal tem 26.715 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quinta-feira, dia 7 de maio. Houve um aumento de 533 casos, num acréscimo percentual de 2%, mais 0,1% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 1.089 para 1.105, mais 16, o que fez descer ligeiramente a taxa de letalidade para 4,14% (4,16% na véspera). Por fim, o número de casos recuperados passou para 2.258, mais 182 do que na véspera, uma subida de 8,8%, depois do recorde de 333 recuperados em 24 horas na véspera.
Evolução do número de casos por semana: 2 a 8 de março (30), 9 a 15 de março (245, +215), 16 a 22 de março (1.600, +1.355), 23 a 29 de março (5.962, +4.362), 30 de março a 5 de abril (11.278, +5.316), 6 a 12 de abril (16.585, +5.307), 13 a 19 de abril (20.206, +3.621), 20 a 26 de abril (23.683, +3.477) e 27 de abril a 3 de maio (25.282, +1.599)
Evolução do número de mortes por semana: 2 a 8 de março (0), 9 a 15 de março (0), 16 a 22 de março (14, +14), 23 a 29 de março (119, +105), 30 de março a 5 de abril (295, +176), 6 a 12 de abril (504, +209), 13 a 19 de abril (714, +210), 20 a 26 de abril (903, +189) e 27 de abril a 3 de maio (1.043, +140)
Evolução do número de recuperados por semana: 2 a 8 de março (0), 9 a 15 de março (0), 16 a 22 de março (5), 23 a 29 de março (43, +38), 30 de março a 5 de abril (75, +32), 6 a 12 de abril (277, +202), 13 a 19 de abril (610, +333), 20 a 26 de abril (1.329, +719) e 27 de abril a 3 de maio (1.689, +360)
Caracterização dos óbitos
Todas as mortes acima dos 70 anos. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (todas as 16 mortes neste Boletim), que representam 87,4% das 1.105 mortes por Covid-19 no país (743 acima dos 80 anos, 223 entre os 70 e os 79 anos). Das 16 mortes nas últimas 24 horas, 11 registaram-se em pessoas acima dos 80 anos. Depois de, na terça-feira, ter sido registada a morte mais nova no país desde o início da pandemia, um cidadão do Bangladesh de 29 anos, todos os óbitos neste Boletim foram entre pessoas acima dos 70 anos. A nível de regiões, e à semelhança do que aconteceu na véspera, o Norte teve a maioria dos mortos nas últimas 24 horas (11, num total de 634), mais do que em Lisboa e Vale do Tejo (mais quatro, num total de 230) e nos Açores (mais uma, num total de 14). Se nos Açores voltou a registar-se mais um óbito, de referir também que o Centro não teve qualquer vítima.
Caracterização do número de casos por região
Lisboa e Vale do Tejo com maior subida. O Norte continua a ser a região com o maior número de casos mas confirma-se de novo neste Boletim a inversão àquilo que era quase uma regra e que tendencialmente tem vindo a mudar nos últimos dias: Lisboa e Vale do Tejo teve um aumento maior do que as outras regiões, registando 55% de todos os novos casos nas últimas 24 horas (na véspera tinham sido 83,3%), com mais 294 casos num total de 6.935 (subida de 4,4%). No Norte foram contabilizados mais 194 casos, num total de 15.450 (subida de 1,3%), ao passo que no Centro registaram-se mais 40 casos, num total de 3.545 (subida de 1,1%). Também a Madeira voltou a ter novos casos mais de uma semana depois, mais quatro, num total de 90 (subida de 4,7%), ao passo que o Sul regista mais um caso (subida de 0,3%, num total de 343). Alentejo (220) e Açores (132) não registaram novos casos.
Número de países e casos importados
Mais um dia sem novos casos importados. À semelhança do que já tinha acontecido na semana passada e no início da presente, não houve hoje qualquer variação a nível de número de casos importados nem países de importação, mantendo-se assim os 751 casos de 48 países. Espanha (171), França (137), Reino Unido (88), Emirados Árabes Unidos (48) e Suíça (45) são os cinco países com maior registo de casos importados.
Número de casos por grupo etário
65% dos novos casos abaixo dos 50 anos, só 10,5% acima dos 70 anos. A faixa entre os 50 e os 59 anos continua a ser aquela que tem o maior número de casos de Covid-19, de acordo com o Boletim de hoje: mais 84 casos, num total de 4.515, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 105 casos, num total de 4.493. Ainda assim, as duas grandes variações do dia foram outras, confirmando o que se passara na véspera: por um lado, o decréscimo a pique dos novos casos acima dos 70 anos, que foi na terça-feira tinha sido de 42,7%, que baixou para 8,3% na quarta-feira e que está agora nos 10,5% entre a faixa dos 70 aos 79 anos (mais 14, num total de 2.289) e acima dos 80 anos (mais 42, num total de 4.116); por outro, a subida acentuada dos novos casos abaixo dos 50 anos, que representaram nas últimas 24 horas um total de 65,1%, depois dos 66,5% da véspera (347 dos 533 novos casos). A faixa etária que mais subiu em relação à véspera foi entre os 30 e os 39 anos (mais 106, num total de 3.711), seguida da faixa entre os 40 e os 49 anos (mais 105, num total de 4.493).
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Casos em internamento voltam a subir. Depois da grande descida na segunda-feira (5%, num total de menos 43 pessoas), o número de casos internados por Covid-19 voltou a sofrer um aumento pelo terceiro dia consecutivo (mais 36, subida de 4,3%, num total de 874). No entanto, e depois de pela primeira vez em 20 dias o número de pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos ter subido em paralelo com os internados, como aconteceu esta quarta-feira, houve agora uma diminuição de menos um caso em UCI, que passou de 136 para 135 (menos 0,7%).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Mais 11,1% de contactos em vigilância. O Boletim de hoje apresenta valores estabilizados nos parâmetros mais gerais em dois dos campos e subidas mais acentuadas noutros dois campos: o número de casos suspeitos teve um aumento de 1,3% (mais 3.531, num total de 265.572) e o número de casos não confirmados subiu 1,2% (mais 2.824, num total de 236.191). O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, que tinha descido nos últimos cinco dias de forma consecutiva, teve uma subida de 11,1%, mais 2.739 num total de 27.318, ao passo que o número de casos a aguardar resultados registou um aumento de 7% (mais 174, num total de 2.666).
Caracterização dos casos por género
59% dos casos confirmados foram registados entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: a percentagem de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual, com mais 61 mulheres do que homens infetados apenas em relação a este novo Boletim num total de mais 4.821 casos positivos em mulheres (num total de 15.768 casos, 59% dos 26.715 em Portugal).
Número de casos por concelho
Novas subidas maiores nos concelhos de Lisboa e Vale do Tejo. Lisboa continua a ser o concelho do país com mais casos de Covid-19, num total de 1.668 (mais 41 do que na véspera), e teve também o maior crescimento neste Boletim que confirma, ainda que de forma menos acentuada do que na véspera, a tendência que se registou a nível de regiões: enquanto que concelhos como Vila Nova de Gaia (mais sete, total de 1.432), Porto (mais três, total de 1.269), Gondomar (mais oito, total de 1.017), Matosinhos (mais dez, total de 1.163) ou Braga (mais 12, total de 1.130) tiveram crescimentos pequenos, outros concelhos de Lisboa e Vale do Tejo tiveram subidas maiores nas últimas 24 horas, casos de Sintra (mais 28, total de 697), Cascais (mais 26, total de 415) ou Amadora (mais 19, total de 402). Registo ainda para a grande subida de casos também em Coimbra, com mais 31 (total de 551).
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse e febre continuam como os principais sintomas. Os sintomas apresentados esta quinta-feira entre testes positivos (com informação de 88% desses casos, a mesma percentagem da véspera) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos três dias, após uma forte variação negativa no decorrer da última semana, sendo que neste caso não houve mesmo qualquer alteração percentual: há uma preponderância maior de tosse (43%) e febre (30%), seguidas de dores musculares (22%) e cefaleia (20%). Fraqueza generalizada (16%) e dificuldades respiratórias (12%) são os sintomas com menor taxa de incidência.