Uma nova campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar arranca esta quinta-feira e dura até ao final do mês, decorrendo sem voluntários nos supermercados, por causa da pandemia de Covid-19, mas através de vales nos supermercados e da internet.

“Porque a ajuda não pode parar, mesmo na impossibilidade de ter voluntários nos supermercados para realizar a já tradicional campanha de recolha de alimentos durante o mês de maio, os Bancos Alimentares Contra a Fome apelam aos portugueses para que, entre 21 e 31 de maio, contribuam fazendo os seus donativos através da Ajuda Vale nas caixas dos supermercados e/ou do portal de doação online”, destacou em comunicado a entidade.

Sob o mote “Ajude a preencher este vazio”, a campanha deste ano do Banco Alimentar pretende sensibilizar os portugueses para as “muitas famílias que são afetadas por um cenário de carência alimentar todos os dias, uma situação agora agravada, reforçando a importância do contributo e envolvimento de cada um”.

A modalidade Ajuda Vale já foi usada em campanhas anteriores, possibilitando a contribuição através de vales de produtos, que estarão disponíveis até 31 de maio nas caixas dos supermercados e as doações também são possíveis através do site de doação online da organização.

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“Às pessoas mais vulneráveis que, em resultado das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia, ficaram privadas da assistência alimentar que normalmente recebem, vieram juntar-se mais cerca de 60 mil pessoas, vítimas da situação gerada por esta nova realidade que vivemos”, destacou no comunicado Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Isabel Jonet reforçou que “a ajuda não pode parar, muito menos agora quando é ainda mais preciso”.

Em 2019, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 23.382 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 31,7 milhões de euros), num movimento médio de 93,5 toneladas por dia útil.

Cerca de 2.400 instituições foram assistidas, e os alimentos entregues a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.