Rui Rio já deu o pontapé de saída das autárquicas para o aparelho, com vários avisos à navegação. O presidente do PSD reuniu com os líderes das distritais do PSD, via Zoom, para dar as instruções para as eleições autárquicas: os processos podem começar, mas com as regras da nacional. Rui Rio, segundo relataram ao Observador vários líderes distritais presentes na reunião, deixou claro que é ele próprio quem terá a “última palavra” sobre as duas autarquias mais importantes país, Lisboa e Porto. No resto, há liberdade das estruturas locais. Na mesma reunião, que se realizou na segunda-feira, o presidente do PSD deu indicações para que só se fizessem coligações com o CDS onde houvesse “vantagem eleitoral” e não descartou coligações com o PAN nas autárquicas de 2021.

A reunião com as distritais teve, desde logo, um objetivo: calendarizar a estratégia de Rui Rio para tornar o mapa dos municípios mais laranja do que em 2017 — na derrota eleitoral que conduziu à queda de Passos Coelho. O presidente do PSD deu ordem para os processos de escolha se iniciarem (começam pela concelhia, depois passam para a distrital), mas avisou que só quer que os candidatos se comecem a apresentar a partir de janeiro de 2021.  O presidente do PSD deixou um aviso, relatado ao Observador por vários líderes distritais: “Os nomes que se começarem a impor como candidatos antes de janeiro através da comunicação social, ficam logo excluídos”.

Rui Rio disse ainda aos líderes distritais que já foi contactado diretamente por várias pessoas que querem a garantia de que serão candidatos, mas que não respondeu e remeteu o processo para as estruturas locais. Segundo o presidente do PSD, a direção nacional só irá intervir quando houver litígios dentro da concelhia ou entre a concelhia e a distrital.

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