É praticamente impossível, para miúdos ou graúdos, resistir a abraçar aquele rato Mickey de ar afável e sorriso permanente que os recebe nos parques temáticos da Disney. Mas a pandemia de Covid-19 obrigou ao distanciamento social até das personagens de animação preferidas. E se, mesmo à distância, não consegue controlar a emoção, é melhor repensar a visita, porque também não vai poder gritar de alegria — nem de terror.

Os parques temáticos um pouco por todo o mundo preparam-se para abrir as portas com todas as regras de segurança: distanciamento social e espaçamento nas cadeiras, uso obrigatório de máscaras, dispensadores de desinfetantes e locais onde lavar as mãos ou redução da capacidade dos parques e atrações.

Mas, nestes locais de diversão, a forma de expressar a alegria também vai ter de mudar. A Disneyland de Shangai, a primeira do grupo a reabrir — a 11 de maio —, recebe agora apenas um quarto do visitantes, sem abraços às personagens de animação e sem os tradicionais desfiles, noticia o jornal El Mundo. Os hotéis do grupo ou na periferia dos parques vão reduzir a capacidade e os restaurantes vão fornecer as refeições em recipientes descartáveis.

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E as restrições aos visitantes não se ficam por aqui. A Associação de Parques Temáticos do Este e do Oeste do Japão, que representa 30 centros, vai proibir os gritos na montanha russa, cadeiras voadoras ou demais atrações, porque de cada vez que as pessoas abrem a boca para expressar a sua alegria — ou o seu pânico — também libertam uma grande quantidade de saliva, que pode ir carregada de vírus. E nem a máscara obrigatória será suficiente, segundo o entendimento destes parques.

Os parques da Disney, assim como os restantes parques temáticos, fecharam devido à pandemia de Covid-19. Só a Walt Disney Co. diz ter perdido cerca de mil milhões de dólares (cerca de 890 milhões de euros) de lucro nos primeiros três meses do ano com o fecho dos parques, mais 400 milhões de dólares com o adiamento dos lançamentos dos filmes e quebras de publicidade, segundo a BBC.

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