O alemão Christian Brueckner, que recentemente surgiu como novo suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann no Algarve em 2007, está a ser associado a pelo menos mais três casos de desaparecimentos de crianças que ficaram até hoje por resolver.
O surgimento de pistas que apontam para Brueckner como possível autor do rapto e homicídio de Maddie fizeram as autoridades voltar a pensar em outros casos de crianças desaparecidas cujas cicrcunstâncias são consistentes com o envolvimento do alemão de 43 anos, que está preso na Alemanha por crimes sexuais.
Um desses casos é o de René Hasee, uma criança alemã de 6 anos de idade que desapareceu na Praia da Amoreira, em Aljezur, em junho de 1996, quando estava de férias com a família no Algarve.
De acordo com os relatos da imprensa da altura, a criança estava a correr no areal da praia junto à mãe e ao padrasto, até ao momento em que se afastou demasiado da família, que deixou de o ver. Quando as roupas da criança foram encontradas, as autoridades concluíram que a hipótese mais provável era a de que René se tivesse afogado — mas o caso nunca ficou verdadeiramente resolvido.
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Agora, 20 anos depois do desaparecimento de René, de acordo com o jornal britânico The Telegraph, o pai da criança, Andreas Hasee, disse ter sido contactado pela polícia alemã, para o informar de que o caso tinha sido reaberto.
Àquele jornal, Andreas Hasee disse acreditar que a reabertura da investigação ao desaparecimento do seu filho está relacionada com a identificação de Christian Brueckner como potencial suspeito no caso de Maddie. Brueckner mudou-se para o Algarve em 1995, com 18 anos de idade, e teria 19 anos na altura do desaparecimento de René.
“Penso que os dois casos não são assim tão diferentes. A Madeleine era uma pequena e doce rapariga, e o meu filho era um pequeno e doce rapaz, e era da mesma idade. Há muitas coisas em comum nos dois casos”, disse Andreas Haase ao The Telegraph, lamentando que a polícia alemã não tenha sido tão “ativa” na altura do desaparecimento do seu filho como a polícia britânica foi em 2007.
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Mas o desaparecimento de René não é o único a ser reinvestigado na sequência das novas suspeitas sobre Christian Brueckner. As autoridades alemãs também reabriram o caso do desaparecimento, em 2015, de Inga Gehricke, uma criança de 5 anos que ficaria conhecida como a “Maddie alemã” devido às semelhanças entre os dois casos.
Inga Gehricke desapareceu em 2015 durante umas férias com a família numa região de floresta na Alta Saxónia, na Alemanha. A criança nunca foi encontrada e a polícia alemã nunca conseguiu chegar a um suspeito durante a investigação ao caso.
Porém, esta sexta-feira, uma porta-voz do Ministério Público alemão confirmou que o caso foi reaberto. “Está a ser examinado se há novas provas relacionadas com a suspeita de homicídio em Braunschweig”, disse a porta-voz, não se referindo especificamente ao nome do suspeito, mas confirmando a investigação a uma possível ligação entre os dois casos.
Há, pelo menos, indícios de circunstância que aumentam a probabilidade de a ligação se confirmar, de acordo com os relatos na imprensa alemã e britânica. Na altura do desaparecimento de Inga, Christian Brueckner — que tinha abandonado o Algarve depois do desaparecimento de Maddie — vivia numa propriedade em Neuwegersleben, a cerca de 80 quilómetros do local onde a criança alemã desapareceu.
A propriedade de Brueckner chegou a ser revistada durante a investigação ao desaparecimento de Inga, e foi lá que as autoridades encontraram um computador de onde conseguiram recuperar uma troca de mensagens suspeita. Nessa troca de mensagens, Brueckner dizia que pretendia arranjar qualquer coisa “pequena para usar durante uns dias”.
Na propriedade, as autoridades também encontraram imagens de pornografia infantil e roupas de criança, mas a investigação ficou por aí uma vez que não foram encontradas provas relativas ao desaparecimento de Inga.
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Já este sábado, surgiram notícias de que Christian Brueckner poderia estar envolvido num quarto caso do género: o homicídio de Carola Titze, uma adolescente alemã de 16 anos que desapareceu em julho de 1996 quando estava de férias com a família numa praia da Bélgica.
O corpo de Carola foi encontrado no areal da praia seis dias depois do desaparecimento, mas as autoridades belgas e alemãs nunca conseguiram resolver o caso.
De acordo com a imprensa da altura, Carola tinha sido vista com um homem alemão numa discoteca nos dias anteriores ao seu desaparecimento. Esta semana, o Ministério Público belga confirmou que estava a investigar a possibilidade de Christian Brueckner estar envolvido no rapto e homicídio de Carola.
Na última quarta-feira, as autoridades alemãs, inglesas e portuguesas confirmaram que tinham chegado ao nome de um novo suspeito para o desaparecimento da criança britânica Madeleine McCann, em 2007, na Praia da Luz, no Algarve.
Maddie. Que informações pode a polícia retirar dos telemóveis pré-smartphones?
O homem viveu em Portugal entre 1996 e 2007 e as autoridades acreditam que matou Maddie. Entre as provas que surgiram encontram-se dois números de telemóvel portugueses — um que pertenceria ao suspeito e outro com quem trocou um telefonema de meia hora minutos antes do desaparecimento de Maddie.
De acordo com as informações recolhidas pelas autoridades, Brueckner encontrava-se muito próximo do aldeamento onde a família McCann estava alojada na altura do desaparecimento.