A Declaração Conjunta sobre o papel de uma economia sustentável do Oceano num mundo prós-Covid-19, subscrita pelo Governo português, propõe encarar os oceanos como solução sustentável e um investimento de futuro a nível global.
“Hoje, comemoramos o Dia Mundial dos Oceanos em circunstâncias sem precedentes, enquanto o mundo luta contra a pandemia da Covid-19 com desafios económicos e sanitários associados. Nós, membros do Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável, propomos o oceano como uma solução para um mundo mais resiliente e próspero e que vai ser mais importante do que nunca, quando iniciarmos a recuperação pós-Covid-19”, indica o documento divulgado esta sexta-feira.
Assim, frisam os países que compõem o painel, “os oceanos são um elemento fundamental” para a economia global sendo também uma fonte de energia renovável e de “ingredientes chave” para combater doenças.
No dia em que se assinala o Dia Mundial dos Oceanos o Painel de Alto Nível para uma Economia Sustentável do Oceano refere que existe um compromisso com a transição para uma economia oceânica sustentável, essencial para os empregos, a segurança alimentar, as pessoas e os ecossistemas saudáveis, e “para um mundo baixo em carbono”.
“Atualmente, os Estados [envolvidos] estão a trabalhar numa série de recomendações para permitir essa transição, que também é vital para um relacionamento sustentável entre as pessoas e o planeta. Não podemos deixar que essa oportunidade nos escape”, indica o documento.
De acordo com o comunicado, os líderes mundiais devem valorizar o oceano na “recuperação da crise” provocada pela pandemia através de uma “economia oceânica” sustentável e de proteção eficaz, considerando que a produção sustentável e da “prosperidade andam de mãos dadas”.
“Investir numa economia oceânica sustentável é um excelente negócio: confere benefícios consideráveis para a economia global, o oceano e o bem-estar social”, sublinham os subscritores.
O mesmo documento recorda que o oceano cobre mais de 70% da superfície da Terra, absorve cerca de um quarto de todas as emissões de carbono e captura mais de 90% do calor adicional.
O documento foi ratificado pelos governos de Portugal, Austrália, Canadá, Chile, Fiji, Gana, Indonésia, Japão, Jamaica, Quénia, México, Namíbia, Noruega e Palau.