O empresário norte-americano Elon Musk, líder da Tesla e da SpaceX, revelou através do Twitter que vai divulgar novidades da sua empresa de implantes cerebrais, a Neuralink, a 28 de agosto. A última vez que Musk anunciou novidade sobre os avanços desta missão de ligar cérebros a computadores foi há um ano.
Progress update August 28
— Elon Musk (@elonmusk) July 9, 2020
Até agora, continua a saber-se pouco Neuralink Corporation, a não ser que é uma empresa registada no estado norte-americano da Califórnia na área da neurotecnologia e que foi fundada em 2016. Além disso, sabe-se que pretende desenvolver interfaces entre cérebros humanos e computadores sob a forma de implantes. Elon Musk chegou a adjetivar em 2019 essa ligação de “simbiótica” — um “laço neural”, batizou o empresário, que funciona como “uma espécie de terceira camada digital sobre o córtex cerebral, que cobre o sistema límbico”.
Elon Musk quer 51 milhões para ligar cérebros a computadores. E já tem mais de metade
Em julho de 2019, Musk chegou a afirmar que a empresa tinha conseguido realizar testes bem-sucedidos destes implantes em macacos e ratos. Na altura, o multimilionário disse que havia a expetativa de começar-se a fazer testes em humanos já em 2020.
A Neuralink tinha em 2019 alguns cientistas reconhecidos na área, a trabalhar para Elon Musk. Alguns deles — Timothy L. Hanson, Camilo A. Diaz-Botia, Viktor Kharazia, Michel M. Maharbiz e Philip N. Sabes — publicaram, em abril, um estudo chamado “A máquina de costura para gravações neurais minimamente invasivas”, que disserta sobre uma forma de implantar essas interfaces de forma célere em cérebros de ratos.
Como conta o TechCrunch, que também avança a notícia, Musk já afirmou em várias ocasiões que acredita que a inteligência artificial avançada, não controlada e não regulamentada representa um risco existencial para a humanidade. Por causa disso, o Neuralink pretende ser um meio de proteção contra essa ameaça. Adicionalmente, Musk tem também referido nos últimos anos que a ligação com um computador através de um rato ou teclado é limitada e que um sistema mais avançado pode colmatar estas falhas.