O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto anunciou hoje um investimento de mais de cinco milhões de euros num projeto que tem visa a redução da fatura energética dos edifícios e a diminuição das emissões de CO2.

No conjunto de todas as medidas, segundo o presidente do conselho de administração, o IPO do Porto irá ver reduzida a sua fatura anual da energia em cerca de 386 mil euros (uma descida dos 886 mil euros para os 500 mil euros) e uma restrição de mais de 1.400 toneladas de gases produtores de efeito de estufa.

Rui Henrique indicou um investimento total de 5,3 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários em 4,5 milhões de euros.

“Foi para o IPO-Porto um grande desafio melhorar o desempenho energético dos seus edifícios e promover a utilização racional dos recursos. É um projeto ainda em curso, mas que muito nos orgulha por já termos alcançado os primeiros resultados e pela perseverança de agarrar a oportunidade de financiamento para modernizar o hospital e contribuir ativamente para a utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas”, sublinhou.

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Nesta fase, o IPO estima que “cerca de 30% deste ambicioso projeto esteja já implementado”, mas o programa incluí, ainda, outras etapas com medidas específicas para os edifícios de Cirurgia e dos Laboratórios: implementação de painéis fotovoltaicos (produção de energia elétrica), substituição da iluminação convencional por LED, implementação do sistema de gestão técnica e centralizada, e recuperação das fachadas e caixilharia dos edifícios.

O Serviço de Instalações, Equipamentos e Transporte desta unidade de saúde estima que “até ao final de 2020 mais de 60% do programa esteja concluído”.

Esta semana, entraram já em funcionamento 200 painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias, distribuídos pelos edifícios de Cirurgia e dos Laboratórios, permitindo aos doentes internados usufruir de banho e outros cuidados de higiene pessoal com energia limpa.

Um investimento na ordem dos 500 mil euros que vai permitir uma poupança significativa de gás natural, com esperado retorno em sete anos.

Esta é uma das primeiras melhorias já implementadas ao abrigo da candidatura ao programa POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), aprovada em 2017.

No âmbito da eficiência enérgica, também foram substituídos os geradores de vapor por caldeiras de água quente e caldeiras de vaporização rápida, que servem as unidades de tratamento de ar afetas ao Bloco Operatório, Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Esterilização e outros serviços.