Kathleen Gray estava, na quinta-feira, a fazer a cobertura de mais um comício de Donald Trump, no Aeroporto Internacional MBS, naquela que é a campanha que tenta a sua reeleição enquanto presidente dos Estados Unidos da América quando, depois de algumas publicações na rede social Twitter, foi expulsa do local.
Na primeira publicação, a jornalista do The New York Times dá conta de “milhares” de pessoas atraídas pelo comício, mas aponta que “talvez 10%” tivesse máscaras.
Trump rally in freeland attracts thousands . Maybe 10% have masks.
— Kathy Gray (@michpoligal) September 10, 2020
Logo no minuto seguinte, Kathleen Gray partilhou uma fotografia para sustentar a afirmação anterior onde, de facto, é possível ver que a grande maioria de apoiantes presentes ou não tem máscara ou usa-a inadequadamente, caída junto ao queixo.
https://twitter.com/michpoligal/status/1304192444465123339
Sem que tivesse passado sequer uma hora entre as publicações, a jornalista informou depois quem a seguia através do Twitter que tinha sido “expulsa do comício”, naquilo que afirma ser “uma primeira vez” na sua carreira”.
https://twitter.com/michpoligal/status/1304197574577074179
“A campanha do Twitter identificou-me a partir das fotos que ‘tweetei’ e escoltou-me até à saída”, escreveu a jornalista pouco mais de meia hora depois de ter partilhado as primeiras informações sobre o comício e o público que estava presente.
https://twitter.com/michpoligal/status/1304202299896729600
Já a versão dos responsáveis da campanha de Donald Trump é outra: Kathleen Gray terá sido expulsa do comício por não ter a acreditação necessária e estar a trabalhar a partir da plateia e não na área reservada à imprensa. A jornalista esclareceu à Bridge Magazine que tinha falhado o prazo para o pedido de acreditação, mas que tinha tentado por várias vezes fazer um pedido direto à coordenação da campanha, mas sem qualquer resposta.
Não tendo a acreditação necessária para a zona reservada a imprensa, Kathleen Gray admite que estava na plateia a fazer o teu trabalho.