O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que vai condecorar a CGTP com o título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, numa mensagem a propósito dos 50 anos da central sindical.
Num aditamento a uma nota que de manhã foi colocada no seu site institucional, Marcelo Rebelo de Sousa refere que, “tal como aconteceu com outros parceiros sindicais e patronais, sob proposta do primeiro-ministro, o Presidente da República decidiu conferir à CGTP-IN o título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique”. A condecoração da central sindical liderada por Isabel Camarinha foi sugerida por António Costa, que esta quinta-feira felicitou também a Inter pelo seu 50.º aniversário.
Logo de manhã, Marcelo colocou uma nota no site da Presidência a felicitar a CGTP, destacando a sua luta contra o cerceamento antidemocrático dos direitos dos trabalhadores e de afirmação dos valores da liberdade, igualdade e da solidariedade.
O chefe de Estado destacou também o respeito e promoção da dignidade do trabalho e da justiça social pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), que esta quinta-feira assinala os seus 50 anos de existência.
O Presidente realçou a vida da CGTP-IN “presente em todos os lances decisivos da transição para a democracia e da vigência da Constituição da República Portuguesa, em tudo o que respeitasse ao trabalho e aos trabalhadores, assim como aos mais variados condicionalismos envolventes”.
“Uma vida de inequívoca relevância no nosso quadro constitucional, e, em particular, no nosso tecido social, testemunhando a vitalidade da democracia portuguesa e contribuindo para essa vitalidade. E, mais recentemente, tentando dar voz a frustrações, ansiedades e desilusões crescentemente sedutoras para novos movimentos de contestação inorgânica, inserindo-as no quadro constitucional que nos rege”, sublinha o Presidente.
Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa desejou à CGTP-IN votos de felicidade para enfrentar os difíceis desafios sanitários, económicos e sociais.
Ferro Rodrigues felicita CGTP pelos 50 anos e papel na luta por direitos laborais
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, felicitou hoje a CGTP pelo seu 50.º aniversário e pelo seu papel na “nunca esgotada luta por mais e melhores direitos dos trabalhadores em Portugal”.
No dia em que a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN) assinala o seu 50.º Aniversário, associo-me, pessoalmente e enquanto Presidente da Assembleia da República, a estas comemorações, felicitando vivamente a organização, os seus membros e dirigentes”, refere Ferro Rodrigues, numa mensagem a que a Lusa teve acesso.
A segunda figura do Estado recordou que foi a 1 de outubro de 1970 que as direções do Sindicato Nacional dos Caixeiros do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional do Pessoal da Indústria dos Lanifícios do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional dos Técnicos e Operários Metalúrgicos do Distrito de Lisboa e do Sindicato dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa “ousavam o regime ao convocar a primeira reunião intersindical, um passo decisivo na afirmação do movimento sindical”.
“Um momento histórico que tive oportunidade de testemunhar pessoalmente, ligado que estava ao Sindicato dos Lanifícios”, sublinhou.
Na mensagem, Ferro Rodrigues salientou que foi com o 25 de Abril de 1974 que Portugal “viu nascer uma sociedade democrática, e, com ela, direitos políticos e sociais, e a liberdade para os defender”.
Em democracia, e em liberdade, inicia-se a nunca esgotada luta por mais e melhores direitos dos trabalhadores em Portugal, da valorização das carreiras contributivas à formação profissional. Primeiro com a CGTP-IN, e, anos mais tarde, com a União Geral dos Trabalhadores (UGT), mas, sobretudo, e desde sempre, com a força das trabalhadoras e dos trabalhadores, dão-se passos decisivos pela dignidade do trabalho, por mais e maior justiça social”, saúde.
O presidente da Assembleia da República recordou que, dos anos em que foi ministro (da Solidariedade e Segurança Social, entre 1995 e 1997, e do Trabalho e da Solidariedade Social, entre 1997 e 2001), retém “o papel da CGTP-IN na construção de uma nova geração de políticas sociais, muito em especial no domínio do emprego”.
“É da mais elementar justiça reconhecer, e homenagear, o papel que desempenharam Armando Teixeira da Silva, Manuel Carvalho da Silva e Arménio Carlos, enquanto secretários-gerais da CGTP-IN desde a sua fundação”, apontou ainda, acrescentando uma saudação à atual secretária-geral desta estrutura, Isabel Camarinha, a quem desejou “os maiores sucessos no desempenho de tão relevante cargo”.