Vários países prometeram esta terça-feira doar mais de 1,7 mil milhões de dólares para auxiliar o Sahel, com a intenção de prevenir “uma das maiores crises humanitárias do mundo” naquela região, dá conta a Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com um comunicado, a ONU diz que este montante é resultado de um compromisso de 24 nações e é destinado às populações do Níger, Mali e Burkina Faso. A doação de 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,44 mil milhões de euros) foi decidida depois de uma reunião por videoconferência, promovida pelas Nações Unidas, Dinamarca, Alemanha e União Europeia (UE).

“Uma vez disponibilizados, estes fundos ajudarão cerca de 10 milhões de pessoas”, expressa a nota divulgada, citada pela agência France-Presse (AFP), e o montante é destinado à alimentação destas populações, serviços de saúde, aquisição de água, habitações, educação e apoio às vítimas de violência.

O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, considerou que a região do Sahel “está a chegar a um ponto de rutura”, e, por isso, é preciso “reverter esta espiral destrutiva” através de um “ímpeto à paz e à reconciliação”.

A região está submersa em conflitos e os episódios de violência são a constante. Entre grupos de jihadistas em conflitos com forças governamentais apoiadas por países terceiros, alterações climáticas que aumentam a severidade dos dias de quem vive nesta zona e ainda a pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, o Sahel é uma das zonas mais frágeis do globo.

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