Pequeno e alto, o Panda conquistou o epíteto de “caixa mágica” desde que foi lançado no Salão do Automóvel de Genebra de 1980, altura em que surpreendeu por combinar num formato tão compacto uma série de ideias engenhosas e um espaço interior amplo (para o segmento) e configurável. Desde então, passaram-se 40 anos e quase 8 milhões de unidades vendidas. Em Itália, o Panda é o carro mais vendido há oito anos consecutivos e, no ano passado, conseguiu a melhor quota de mercado na Europa (17,1%), desde 2012. Agora, o pequeno cinco portas anuncia as novidades do MY2021, que chegará a Portugal em Novembro, ainda sem preços definidos.

Sabe-se, isso sim, que esta actualização ligeira não se fica por pequenas alterações estéticas, havendo igualmente novidades no interior e sob o capot. Para começar, exteriormente, o Panda passa a exibir novos pára-choques, pode montar jantes de 16″ e a paleta de cores para a carroçaria é enriquecida com a adição de dois tons exclusivos, que a marca denomina “Azul Ceramic” e “Cinzento Mate”. Depois, no interior, há que contar agora com bancos e tablier em materiais reciclados, a que se juntam o novo rádio com ecrã táctil de 7’”, preparado para Apple CarPlay e compatível com Android Auto, e um suporte para smartphone, disponível de série ou como opcional, dependendo dos níveis de equipamento.

8 fotos

A propósito, passam a ser cinco as linhas de equipamento à escolha do cliente, procurando ir ao encontro quer dos que privilegiam uma utilização mais urbana, com os níveis Panda (mais básico) e City Life, quer os favorecem uma imagem mais desportiva, com a opção Sport, quer os que tencionam levar o Panda para incursões mais aventureiras, com os níveis de equipamento City Cross e Cross. Diferenciam-se, naturalmente, pelos pormenores estéticos e equipamento de série, sendo que a própria Fiat atribui ao Panda City Life “o melhor rácio entre preço e substância de produto num citadino, sem sacrifício de um estilo atraente e inconfundível”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os que se decidirem por essa alternativa podem contar com novos pára-choques dianteiros, uma nova aplicação nas saias laterais, novas jantes ‘Life’ de 15” e vários elementos em preto, para enfatizar o contraste, nomeadamente as barras no tejadilho, as faixas protectoras laterais, os suportes dos retrovisores e os puxadores das portas. No habitáculo, o destaque vai para os bancos em dois tons de cinzento, ar condicionado de regulação manual e sistema Uconnect com rádio DAB, tecnologia Bluetooth 2.1 e um local no tablier para o smartphone.

6 fotos

De resto, o Panda Sport é o que monta as referidas jantes de 16 polegadas, as maiores, facilmente reconhecíveis pelos tampões pretos e vermelhos. Enquanto isso, as versões Cross e City Cross destacam-se pelo visual de “todo-o-terreno” que, todavia, deverá continuar a ser proposto por preços acessíveis. A tracção pode ser 4×2 ou 4×4 em qualquer uma das versões, sendo que o Cross se posiciona como o topo de gama, incluindo de série sensores de estacionamento traseiros, ar condicionado de regulação automática, volante forrado a pele, novos painéis das portas em ecopele, novo tablier com materiais reciclados e rádio com ecrã táctil de 7” preparado para Apple CarPlay e compatível com Android Auto.

Quanto à oferta de motorizações, a novidade reside no facto de o FireFly Hybrid 1.0 – até agora reservado às edições de lançamento do Panda e do 500 mild hybrid – passar a estar disponível em todas as versões da gama, acoplado a uma caixa de seis velocidades. Esta alternativa conjuga o motor a gasolina de 1 litro, três cilindros e 70 cv da família FireFly, com um motor eléctrico que recupera energia nas travagens e em desaceleração, armazena-a numa bateria de iões de lítio e usa-a para ligar o motor em modo Stop&Start. Com esta pequena assistência eléctrica, os consumos e as emissões baixam um pouco, mas a maior vantagem reside no facto de os clientes beneficiarem da homologação como veículo híbrido – com as vantagens fiscais daí advenientes, bem como a garantia de acesso aos centros urbanos com zonas de circulação acessíveis apenas a veículos mais amigos do ambiente.