Os 93 conjuntos comerciais representados pela Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) registaram quebras de 20,9% nas vendas em outubro, em termos homólogos, e manifestaram-se esta quarta-feira apreensivos quanto a “restrições em excesso” que comprometam o Natal.

Após os meses de agosto e setembro onde assistimos a uma recuperação das vendas nos centros comerciais, no mês de outubro as quebras de vendas voltaram a aumentar, embora ligeiramente”, divulgou a associação, em comunicado.

A diminuição de 20,9% das vendas em outubro segue-se a uma descida de 19,7% registada em setembro, o que, segundo a APCC, “reflete já o início das medidas restritivas implementadas”.

Para o presidente da associação, António Mattos, “estes dados vêm confirmar que restrições em excesso, que não se justificam, dado os elevados padrões de segurança demonstrados por esta indústria, têm efeitos graves no setor”. Os centros comerciais esperavam que os meses de novembro e dezembro representassem uma “acentuada recuperação das vendas”, com a aproximação do Natal, mas o responsável admitiu “duvidar dessa recuperação, se as medidas se mantiverem”, nomeadamente o encerramento às 13h ao fim de semana.

A manter-se a situação, alguns centros comerciais poderão acumular prejuízos avultados e ter dificuldades no futuro próximo”, alertou António Mattos.

Neste sentido, a APCC apelou “ao Governo e aos partidos políticos para que estejam cientes das graves consequências ao nível do emprego e da economia”, que possam advir das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.

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