O surto de Covid-19 detetado no lar Casa de São Pedro, em Alverca, já provocou nove mortos, registando-se ainda 83 utentes e 49 trabalhadores infetados, anunciou esta sexta-feira a Câmara de Vila Franca de Xira.

Em comunicado, a autarquia do distrito de Lisboa faz um ponto de situação relativamente aos lares do concelho, indicando também que no lar da Misericórdia de Alhandra já morreram 22 utentes, tal como revelado esta sexta-feira à tarde à agência Lusa pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Neste lar, segundo a Câmara, registam-se ainda 86 utentes e 30 trabalhadores infetados.

A avaliação da Autoridade de Saúde Local é que, em ambos os casos, estão a ser cumpridas as regras de saúde pública estabelecidas, estando a ser devidamente acautelados, em cada uma das instituições, todos os cuidados dos utentes infetados e não infetados, assim como asseguradas as condições de trabalho aos respetivos trabalhadores”, afirma a autarquia, na mesma nota.

O município, presidido por Alberto Mesquita (PS), refere que os idosos infetados que permanecem neste lares têm vindo a ser permanentemente vigiados e que, sempre que se verificam maiores complicações do seu estado de saúde, são de imediato encaminhados ao hospital.

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“Como é do conhecimento geral, a população residente nestas Estruturas Residenciais para Idosos é composta por pessoas de idade muito avançada, muitas vezes com patologias bastante graves, que infelizmente são agudizadas por um quadro de infeção pela Covid-19, o que leva com frequência a um muito rápido agravamento da sua condição de saúde”, acrescenta.

No comunicado, a Câmara de Vila Franca de Xira deixa ainda uma mensagem de tranquilidade, sobretudo para a população de Alhandra, afirmando que o surto verificado no lar da Misericórdia “não representa um perigo ou um risco agravado de transmissão comunitária, na medida em que todos os casos positivos — utentes e trabalhadores — estão a cumprir o respetivo período de isolamento e estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades”.

“Esclarece-se também que os trabalhadores deste lar que permanecem ao serviço da instituição e de todos os utentes estão a cumprir escrupulosamente com todos os procedimentos de proteção e segurança, não constituindo por isso um risco de contágio”, assegura.