O músico Agostinho Sequeira, de 22 anos, venceu no domingo, em Eindhoven, nos Países Baixos, o Prémio Tromp, divulgou esta segunda-feira a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
O músico português, ex-aluno da Metropolitana, recebeu o prémio, no valor pecuniário de 15.000 euros e ainda 3.000 euros pelo Prémio do Público e 2.000 euros pelo Prémio da Imprensa.
No segundo lugar, com 10.000 euros, ficou o japonês Nozomi Hiwatashi e, em terceiro, o chinês de Taiwan Meng-Fu Hsieh, que recebeu 7.000 euros.
O percussionista, a estudar há quatro anos em Amesterdão, depois de ter terminado a sua formação na Escola Profissional da Metropolitana (EPM) e de ter estudado no Conservatoire National Superieur Musique et Danse, em Lyon, França, no âmbito do Programa Erasmus, foi o primeiro português a chegar à fase final do concurso, segundo a Metropolitana.
Em Lisboa, Agostinho Sequeira foi aluno de Marco Fernandes, diretor artístico das Percussões da Metropolitana.
“Estudei na Metropolitana entre os 10 e os 18 anos. Comecei no Conservatório de Música da Metropolitana e passei para a EPM. Se não tivesse trabalhado aí, nunca teria chegado a este momento. A Metropolitana sempre me deu todo o apoio e o professor Marco foi fundamental para a minha formação”, afirmou o músico, segundo o mesmo comunicado.
Agostinho Sequeira tinha já vencido, em 2014, o Prémio Jovens Músicos da RTP/Antena 2 e, em 2018, o Concurso Internacional de Percussão de Gondomar.
O músico já foi solista com as Orquestras Metropolitana e Gulbenkian e em 2017 recebeu uma bolsa de estudo da Fundação Jan Pustjens, dos Países Baixos.
Para o diretor artístico das Percussões da Metropolitana, Marcos Fernandes, esta é uma “vitória dos percussionistas portugueses e da forma como em Portugal se tem apostado num instrumento difícil e que durante muitos anos não tinha expressão”.
“É claro que é uma honra e um enorme orgulho termos um ex-aluno a ser o primeiro português a chegar à final e a vencer um Festival como o Tromp”, afirmou o docente, acrescentando que este galardão é também “uma vitória da Metropolitana e reflete o trabalho que tem vindo a ser feito no sentido de desenvolver este instrumento no ensino secundário”, lê-se no mesmo comunicado.