Produzir uma vacina capaz de travar a Covid-19 era o primeiro desafio. Agora há outro passo a ser tomado: distribuir a vacina pelo mundo e chegar em massa a todo o lado.

É mais um desafio que exigirá cerca de 15 mil voos de transporte e a movimentação de cerca de 200 mil contentores refrigerados, cita o La Vanguardia de acordo com uma das principais empresas de logística do mundo, a alemã DHL.

Segundo o mesmo jornal, um estudo de consultora Accenture indica que o tráfego aéreo de vacinas contra a Covid-19 será de 65 mil toneladas, cinco vezes mais do que as transportadas em 2019.

Toda a cadeia de transporte precisará de ser adaptada para que as doses cheguem ao último posto, ou seja até ao momento em que vão ser administradas, sem que haja alterações na temperatura. Esta questão opera aqui uma maior importância, uma vez que a vacina da Pfizer/BioNTech, que é a primeira a chegar ao mercado, precisa de ser conservada entre os 70 e os 80 graus negativos.

Fontes da Pfizer explicaram ao La Vanguardia os frascos da vacina serão embalados em recipientes especiais, com gelo seco que permite manter os 70 graus negativos (com oscilações de 10 graus) por até 10 dias; isto, sem abrir a caixa.

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Cada contentor será equipado com um sensor, conectado por GPS, que permitirá o controlo da temperatura, e será depois encaminhado para um local, onde podem ser feitas duas coisas: a primeira é transferir as vacinas para arcas frigoríficas a temperaturas ultrabaixas; a segunda é manter as vacinas nos recipientes da Pfizer adicionando gelo seco.

Na União Europeia, as vacinas serão distribuídas a partir dos armazéns em Puurs (Bélgica), assim que haja luz verde por parte da Agência Europeia de Medicamentos.

O Reino Unido deverá dar início à campanha de vacinação já esta terça-feira, sendo o primeiro país do mundo a fazê-lo, após ter sido também o primeiro a aprovar o uso da vacina.