Miguel Poiares Maduro e Paulo Rangel não vão apresentar queixa-crime contra António Costa, que os acusou de fazerem campanha contra Portugal no caso do procurador José Guerra.

Depois de uma reunião que decorreu na quinta-feira à noite, a direção do PSD emitiu uma nota onde reconheceu o direito a Poiares Maduro, Rangel e Batista Leite de apresentar queixa-crime contra Costa caso assim eles o entendessem.

Em causa estão as declarações de António Costa, que acusou o eurodeputado Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e, “numa outra frente, essa sanitária”, o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite de “liderarem uma campanha internacional contra Portugal”.

“As tentativas de alguns, de pretenderem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo português, é um precedente gravíssimo, o qual nós não toleraremos minimamente. Estamos totalmente de consciência tranquila”, garantiu o primeiro-ministro.

No Twitter, Miguel Poiares Maduro agradeceu a solidariedade do partido, mas garantiu que não tenciona apresentar qualquer queixa-crime. “Em democracia, não há forma mais forte de censura do que a tem lugar na política”, escreveu.

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Em resposta a Poiares Maduro, também Paulo Rangel garantiu que não vai proceder nesse sentido. “Felizmente num Estado de Direito os textos legislativos desmentem facilmente palavras vãs. Mesmo quando proferidas por Primeiros Ministros as palavras ainda não valem mais do que as leis”, reagiu no Twitter.

Na CMTV, o deputado Ricardo Baptista Leite classificou a atitude do primeiro-ministro  como “vergonhosa” e algo “imperdoável” se o país vivesse em “tempos normais”. “Mas a pandemia está descontrolada e há vidas em jogo”, sublinhou o social-democrata, atirando as declarações de António Costa para o plano do disparate.