Continuam a suceder-se os relatos da situação preocupante que se vive em muitos hospitais do país, sobretudo na Grande Lisboa, sobrecarregados com doentes Covid-19 e perto de ultrapassar a capacidade máxima.
Covid-19. Hospitais de Lisboa sob pressão já estão a enviar doentes para o Algarve
Um dos testemunhos mais dramáticos foi o de Ricardo Baptista Leite, médico especializado em infecciologia, deputado e vice-presidente da bancada do PSD, que deixou no Twitter um lamento sobre a situação vivida no Hospital de Cascais, onde está a fazer trabalho voluntário como médico desde o início da pandemia. “Nunca vi tanta gente a morrer em tão curto espaço de tempo como nestas 12 horas de urgência. Porra para isto!”, escreveu.
Nunca vi tanta gente a morrer em tão curto espaço de tempo como nestas 12 horas de urgência. Porra para isto!
— Ricardo B. Leite (@RBaptistaLeite) January 16, 2021
Os hospitais de Lisboa estão atualmente sob pressão máxima. Tanto no Santa Maria (que integra Centro Hospitalar Lisboa Norte) como no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central — que reúne São José, Estefânia e Curry Cabral, entre outros — existem poucas camas nas Unidades de Cuidados Intensivos.
Em em Almada, o hospital Garcia de Orta alertou para a iminência de “um cenário de pré-catástrofe”, com a sua lotação de camas para dontes Covid esgotada. Ao início da tarde de sábado, Baptista Leite já tinha dito que a situação no hospital de Cascais também não estava “nada fácil”. E apelou às pessoas para que respeitem o confinamento decretado pelo Governo.
Isto não está nada fácil por aqui. Por favor, proteja-se e fique em casa. #Covidário #HospitalDeCascais pic.twitter.com/iO8CL1ouis
— Ricardo B. Leite (@RBaptistaLeite) January 16, 2021
Sobre o confinamento que arrancou às 00h00 de sexta-feira, Ricardo Baptista Leite considera que “na verdade” não o é, já que o Governo “optou por um conjunto de meias medidas”.
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Proteja-se. Fique em casa. pic.twitter.com/vQfsUjtyBL
— Ricardo B. Leite (@RBaptistaLeite) January 16, 2021
O deputado do PSD Ricardo Baptista Leite considera que a manutenção dos estabelecimentos de ensino abertos durante um confinamento generalizado é contraproducente. “A razão pela qual estamos nesta situação, depois de quatro meses sucessivos de meias medidas, de medidas restritivas parciais no território nacional, resulta, primeiramente e principalmente, pela falta de preparação do outono e inverno”, salientou o deputado há dias no parlamento.