“Queremos ver essas luzes”. “Apitem se acreditam”. “Podem abanar o esqueleto dentro do carro”. “Vamos gastar a bateria desses carros”. “Visto daqui, os quatro piscas fica fenomenal”. Cinco frases nunca ouvidas em comícios políticos. Cinco frases ditas, esta noite, no primeiro comício político drive-in feito em Portugal.
O cheiro a combustível queimado no ar frio de Leça da Palmeira era uma boa síntese do espetáculo preparado pela campanha de André Ventura: cerca de 150 carros perto da Praia do Aterro, com a refinaria nas costas e o oceano à frente. A três cabeças por carro, contas por alto, 450 pessoas durante quase duas horas a olhar para um camião gigante com um palco incorporado, luzes roxas e um cartaz gigante de André Ventura. A chauffage coletiva a carburar, uma animadora particularmente inspirada e uma playlist assumidamente eclética fizeram a primeira parte do show de Ventura.
“Temos músicas de todos os países, de todas as raças, de todos as cores. É esse o nosso lema”, gritava a animadora. E tinha razão. Ele foi tudo: “Sweet Dream”, dos Eurythmics; o “Le Feak”, dos Chic; o “Just Can’t Get Enough”, dos Depeche Mode; o “Maniac”, de Michael Sembello; o “Karma Chameleon”, dos Culture Club; passando por outros grandes clássicos como “Morena Kuduro”, de José Malhoa, “O Ritmo Do Amor (Kuduro)”, de Emanuel, o “Mexe, Mexe Que Eu Gosto”, de Ruth Marlene, o “Bamboléo”, dos Gipsy Kings, ou o “Pererê/Citação Musical: Saci”, de Ivete Sangalo.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.