A McLaren não é uma estreante na electrificação, mas agora prepara-se para fazer desta tendência um novo trunfo comercial, apelando aos clientes que visam usufruir da performance e do comportamento de um superdesportivo, mas que não querem deixar de ter a possibilidade de poderem efectuar percursos em modo exclusivamente eléctrico, o que lhes concede acesso a zonas citadinas onde só podem circular veículos mais amigos do ambiente. Para esses clientes, a McLaren reserva o novo Artura, que já tem data de apresentação: 17 de Fevereiro.
Os teasers têm-se sucedido, numa campanha que visa estimular a curiosidade dos fãs do fabricante de Woking, inclusivamente os que não conseguiram adquirir uma das 375 unidades do P1. Recorde-se que este desportivo híbrido plug-in (PHEV), fabricado entre 2013 e 2015, demonstrou ser um adversário à altura do La Ferrari ou do 918 Spyder, com os seus 916 cv de potência conjunta.
Agora, a estratégia da McLaren passa por alargar a sua base de clientes, propondo um modelo menos exclusivo e mais acessível. O Artura deverá preencher esses requisitos e, embora muito pouco se saiba ainda deste novo modelo, é certo que contará com um novo V6 biturbo concebido pela Ricardo, em vez do V8 biturbo com 3,8 litros, também da Ricardo, a que a marca habitualmente recorre desde o MP4-12C.
A nova motorização foi projectada para trabalhar em conjunto com motores eléctricos, alimentados por uma bateria cuja capacidade ainda é uma incógnita, embora pareça certo que o McLaren PHEV assegurará a capacidade de percorrer 32 km em modo exclusivamente eléctrico, ou seja, mais 12 km que os 20 km homologados pelo P1. Tudo isto superando a potência debitada pelo V8 biturbo instalado nos McLaren mais acessíveis, respectivamente os 540, 570 e 600.
Para esta nova criação, com uma potência total ligeiramente superior a 600 cv, a McLaren desenvolveu especificamente uma nova arquitectura em fibra de carbono, com o intuito de acomodar as baterias e distribuir o seu peso sem comprometer o desempenho do Artura.