O primeiro-ministro, António Costa, recebeu esta segunda-feira a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte oficial do Governo. Também Marta Temido confirmou que tomou a primeira dose do imunizante.
O primeiro-ministro e a ministra da Saúde vão agora “aguardar a altura em que serão chamados para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19”.
“Eu própria fui vacinada esta manhã”, anunciou Marta Temido em conferência de imprensa quando fazia uma ponto de situação sobre o processo de vacinação.
Na sexta-feira passada, também no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, foram vacinados contra a Covid-19 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
A vacinação contra a Covid-19 em Portugal começou em 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde envolvidos na resposta a esta doença, e estendendo-se depois a profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.
A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos.
Entretanto, começaram a ser vacinadas pessoas com 80 ou mais anos de idade e com 50 ou mais anos e patologias associadas.
Em 25 de janeiro, um dia depois das eleições presidenciais, foi divulgado que os titulares de órgãos de soberania iriam começar a ser vacinados em breve, incluídos nos serviços críticos, e que o primeiro-ministro tinha elaborado um despacho solicitando a cada órgão de soberania que estabelecesse as suas prioridades para a vacinação.
No sábado, no final de uma visita a uma Unidade de Saúde Familiar do Areeiro, em Lisboa, um dos locais onde decorre o processo de vacinação dos bombeiros, o primeiro-ministro afirmou que esta semana haverá um reforço de cem mil vacinas para administrar aos idosos com mais de 80 anos e às pessoas com mais de 50 anos e doenças associadas.
Na mesma ocasião, o líder do executivo assinalou que já terminou “a grande campanha de vacinação de todos os utentes e trabalhadores de lares”, ficando apenas de fora aquelas instituições onde existiam surtos, que serão vacinados mais tarde.
Iniciámos a campanha de vacinação das pessoas com mais de 80 anos e das pessoas com mais de 50 anos e algumas doenças associadas. Esse será seguramente o grupo que, para a próxima semana, vai ter um reforço já mais importante. Creio que cem mil vacinas serão destinadas na próxima semana a este grupo de maior risco”, afirmou.
António Costa fez questão de deixar uma mensagem a este grupo populacional, apelando a que aguardem o contacto das autoridades de saúde e não se dirijam aos centros de saúde ou postos de vacinação antes de o receberem.
“Serão contactadas primeiro por SMS, se não tiverem SMS, por via telefónica, se não tiverem telefone por via postal. Não vale a pena correr aos centros de saúde e postos de vacinação, cada um será avisado de qual é o seu dia, hora e local. Devemos aguardar serenamente que nos chamem e todos seremos chamados à vez”, garantiu.
Sobre a vacinação dos bombeiros, que arrancou na quinta-feira passada, o primeiro-ministro enquadrou-os nos serviços essenciais do Estado, a par dos profissionais de saúde, forças de segurança ou Forças Armadas, e salientou a importância de “proteger” quem protege os restantes cidadãos, tal como tinha feito horas antes no arranque no processo de vacinação de elementos da GNR e PSP, num quartel em Lisboa.
Notícia atualizada à 16h12 com a informação relativa à vacinação de Marta Temido