As autoridades de Saúde britânicas identificaram uma nova variante em Inglaterra do coronavírus da Covid-19, que designaram por B1525, com a mesma mutação E484K encontrada noutras variantes mais infecciosas, revelou a direção geral de Saúde inglesa na terça-feira.

Até agora, segundo a direção geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England), foram encontrados localmente 38 casos desta variante, que também já foi detetada em países como o Canadá, a Nigéria e a Dinamarca.

“A PHE está a acompanhar os dados sobre as variantes emergentes de muito perto e, quando necessário, intervenções de saúde pública serão realizadas, como testes extras e rastreamento reforçado de contactos”, disse diretora médica, Yvonne Doyle.

Além da variante B117, que já alastrou a dezenas de países incluindo Portugal, e da nova B1525, as autoridades de saúde estão a investigar mais duas variantes primeiro identificadas em Inglaterra por também apresentarem a mutação E484K, que é comum noutras variantes detetadas no Brasil e África do Sul.

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Nas últimas semanas, foram realizadas ações de testagem em grande escala nas regiões onde as variantes foram identificadas, incluindo operações porta a porta, para procurar conter a transmissão.

O Reino Unido tem estado a sequenciar o genoma do vírus de milhares de testes para tentar encontrar mutações e potenciais novas variantes para potencialmente ajudar os cientistas a desenvolver novas vacinas mais eficazes.

O Reino Unido registou na terça-feira 799 mortes de Covid-19 na segunda-feira, somando 118.195 desde o início da pandemia Covid-19, o balanço mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado em novembro 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.