O governo de São Paulo e a prefeitura do Rio de Janeiro ampliaram esta quinta-feira as medidas de restrição para controlar a pandemia de Covid-19, que provocou mais de 270 mil mortes e 11 milhões de casos confirmados no Brasil.

Com o sistema de saúde em risco de colapso, o estado de São Paulo anunciou a implantação de um toque de recolher entre as 20:00 e as 5:00 a partir de 15 de março. As medidas valerão por 15 dias. Além disso, atividades religiosas como missas e cultos não poderão ocorrer presencialmente, campeonatos desportivos foram suspensos e as escolas estaduais não terão aulas, mantendo-se apenas oferta de refeição para alunos mais pobres. As escolas particulares poderão funcionar com 35% da capacidade. Lojas de material de construção não poderão abrir e estabelecimentos não poderão operar com serviço de entrega presencial, apenas com ‘delivery’ (no destino).

Pessoalmente, estou bastante triste em anunciar o que temos que anunciar antes aqui, mas a nossa prioridade desde março do ano passado foi e continua sendo preservar as pessoas, preservar vidas”, disse o governador de são Paulo, Joao Doria, numa conferência de imprensa.

Já o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou esta quinta-feira um decreto estendendo medidas restritivas anunciadas anteriormente e que já incluem recolher obrigatório, até 22 de março. O Rio de Janeiro, porém, fez pequenas alterações ao horário de funcionamento de bares e restaurantes, que poderão funcionar até às 21:00.

Na quarta-feira, o Brasil ultrapassou, pela primeira vez, a barreira das duas mil mortes diárias devido à Covid-19 (2.286), um novo recorde pelo segundo dia consecutivo, segundo o Ministério da Saúde brasileiro. Na terça-feira, o Brasil tinha chegado às 1.972 diárias, o maior registo até então. A taxa de incidência da doença em território brasileiro aumentou para 129 mortes e 5.330 casos por 100 mil habitantes.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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