França vai restituir um quadro de Klimt aos descendentes de uma colecionadora de judia que foi espoliada pelos nazis, anunciou esta terça-feira a ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot-Narquin.

A obra, adquirida pelo Estado francês na década de 1980 e que está atualmente em exposição no Museu d’Orsay, em Paris, capital do país, vai ser devolvido depois da aprovação e consequente promulgação de um projeto-lei que vai enquadrar a restituição de obras que figuram em instituições públicas, com o propósito de “reconhecer o sofrimento e os crimes” que a família sofreu.

Hoje sabemos que se trata efetivamente de uma obra que foi expropriada na Áustria em agosto de 1938″, disse a ministra durante uma conferência de imprensa.

A proprietária do quadro era Nora Stiasny, uma colecionadora e sobrinha de uma figura relevante da burguesia judia austro-húngara e que morta num campo de concentração em 1942, vítima dos horrores perpetrados pelos nazis durante o Holocausto.

Os nazis obrigaram a colecionadora a vender o quadro, que tinha herdado, a um preço irrisório.

Gustav Klimt (1862-1918) foi um pintor simbolista austríaco, líder do Movimento da Secessão de Viena. Os seus trabalhos mais famosos pertencem à chamada “fase dourada”, em que utilizou folhas de ouro e retratou sobretudo mulheres adornadas por pequenos objetos e formas geométricas, cujo melho exemplo é o famoso “O Beijo”.

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