Uma nova variante do coronavírus foi identificada num hospital de Lannion, na região francesa da Bretanha, anunciou na segunda-feira a Direção-Geral da Saúde de França, salientando que a nova variante não é necessariamente mais contagiosa nem origina formas mais graves da doença — embora aparente não ser detetada pelo convencional teste PCR.

Foi detetada dentro de um cluster no centro hospitalar de Lannion, na comuna de Côtes-d’Armor. No dia 13 de março, 79 casos tinham sido identificados, incluindo oito casos com a variante, confirmados pela sequenciação”, confirmou a DGS francesa, citada pelo jornal Le Parisien.

De acordo com as explicações das autoridades francesas, as primeiras análises da nova variante não permitiram concluir “nem uma gravidade acentuada nem uma maior transmissibilidade, quando comparada com o vírus histórico”. Porém, “estão em curso investigações aprofundadas para melhor perceber esta variante e o seu impacto”.

À semelhança do que acontece com dezenas de outras variantes, a nova variante francesa já foi comunicada à Organização Mundial da Saúde, que não a incluiu na lista das mais preocupantes, como a inglesa, a brasileira ou a sul-africana.

A grande diferença prende-se, essencialmente, com o modo de deteção — o que pode ter um impacto no descontrolo da infeção devido à dificuldade em identificar os casos. As pessoas infetadas com a nova variante “apresentaram sintomas típicos que sugerem uma infeção pelo SARS-CoV-2, mas um teste PCR negativo de amostras da nasofaringe, pelo que o diagnóstico pode ser feito por serologia ou por um teste RT-PCR a amostras respiratórias profundas”.

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