Pelo menos oito pessoas morreram na terça-feira em três tiroteios ocorridos em casas de massagens asiáticas na área da cidade norte-americana de Atlanta, tendo as autoridades detido já o presumível autor.

O suspeito é um homem de 21 anos identificado como Robert Aaron Long, detido durante a noite a cerca de 250 quilómetros a sul de Atlanta, no sudeste dos Estados Unidos, disseram as autoridades.

O primeiro tiroteio, que deixou quatro mortos e dois feridos, ocorreu na terça-feira à tarde num salão de massagens, no norte de Atlanta, disse um porta-voz da polícia do condado de Cherokee. Pouco depois, mais quatro pessoas foram mortas em dois tiroteios ocorridos em dois salões de massagens, nos arredores de Atlanta, acrescentaram as autoridades.

À chegada, os oficiais encontraram três mulheres mortas devido a ferimentos visíveis de balas. Ainda no local, a polícia recebeu relatos de tiros disparados do outro lado da rua”, onde encontraram outra mulher morta, disse a polícia.

“Neste momento, é demasiado cedo para confirmar” que os três tiroteios estão relacionados, indicou a polícia, acrescentando que das vítimas mortais seis são de origem asiática. Contudo, para já, o porta-voz da polícia do condado de Cherokee diz que o atirador via as casas de massagens que atacou como “uma tentação que queria eliminar”, conta o The New York Times. Apenas uma das vítimas era homem, refere o mesmo jronal.

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Embora as autoridades desconheçam o motivo dos ataques, estes ocorreram num contexto em que as agressões contra norte-americanos de origem asiática têm vindo a crescer. A associação Stop AAPI Hate indicou que mais de 3.800 atos racistas e discriminatórios contra a comunidade asiática nos Estados Unidos foram denunciados ‘online’, em todo o país, entre março e dezembro.

Reações à tragédia

Lebron James, o basquetebolista norte-americano, foi dos primeiros a manifestar as condolências às famílias das vítimas e à “comunidade asiática”. Contudo, não foi o único.

Como conta o The New York Times, por, aparentemente, este ataque ter sido motivado por ódio racial, a unidade de contra-terrorismo do Departamento de Polícia da cidade de Nova Iorque está a ajudar, por “abundância de cautela”, a reforçar a segurança nas comunidades asiáticas nesta cidade. Contudo, esta autoridade afirma numa publicação no Twitter que o ataque na cidade do estado da Geórgia não está ligado à cidade de Nova Iorque.