Paulo Cunha, atual presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, decidiu não se recandidatar a um terceiro mandato. A decisão do ainda autarca cria assim um problema ao líder social-democrata, que se arrisca a perder um dos bastiões do partido.

Os rumores sobre o desejo de Paulo Cunha já circulavam há muito no PSD. Agora, ao Observador, o autarca desfaz o tabu: “Não serei recandidato. Entendo que a Câmara tem de mudar de ciclo e que aquilo a que me propus já está realizado”, nota.

Paulo Cunha, líder da distrital do PSD/Braga, foi um dos apoios mais importantes de Luís Montenegro nas últimas direções internas do partido. Crítico de Rui Rio, o autarca abdica daquela que seria a sua terceira corrida eleitoral e provável reeleição.

Ao Observador, o próprio recusa, ainda assim, qualquer leitura política sobre esta decisão. “Entendo que Famalicão precisa de iniciar uma nova era, até porque vem aí negociações importantes sobre os fundos comunitários. A minha saída aconteceria naturalmente daqui a quatro anos [em virtude da limitação de mandatos]”, nota.

Desvalozirando os riscos que esta decisão pode representar para os objetivos autárquicos do PSD — “estou certo de que o partido vai encontrar a melhor solução” –, Paulo Cunha garante que voltará agora ao “ponto de partida”, à sua carreira de jurista e académica.

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