Foram duas horas para percorrer oito quilómetros pela Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, no caminho que liga o aeroporto de Bissau ao centro da cidade. Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido e saudado por uma enorme multidão e fez questão de cumprimentar os presentes, muitas vezes com acenos empoleirado na porta do carro onde seguia.
Numa altura de pandemia, o distanciamento entre a multidão efusiva era praticamente inexistente e a maioria não usava máscara. As pessoas corriam e aplaudiam à passagem de Marcelo Rebelo de Sousa. “Presi, Presi”, gritavam os guineenses. No final do percurso e dos festejos pela presença do chefe de Estado português houve ainda espaço para um palco improvisado no cimo de um camião onde artistas cantaram e dançaram.
Depois de aterrar em solo guineense, Marcelo foi recebido pela ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa,que lembou que “passaram 31 anos sem vir um Chefe de Estado [português]” à Guiné-Bissau em visita oficial – o último foi Mário Soares, em 1989 – e considerou que “é muito, é demasiado para países tão próximos”. Marcelo concordou: “É uma eternidade. É quase o dobro da idade do meu neto mais velho.”