A Comissão Europeia aprovou esta segunda-feira a utilização da vacina da BioNTech/Pfizer para adolescentes dos 12 aos 15 anos, após o aval da Agência Europeia do Medicamento, explicando que a decisão cabe sempre aos países da União Europeia (UE).

“Hoje [esta segunda-feira], a Comissão Europeia adotou uma decisão para aprovar a utilização da vacina BioNTech/Pfizer anticovid-19 para crianças entre os 12 e 15 anos de idade”, escreveu a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides numa publicação na rede social Twitter.

Segundo a responsável europeia, “os Estados-membros podem agora optar por expandir o seu programa de vacinação aos jovens”, sendo que essa será sempre uma decisão nacional.

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“Para pôr fim à crise [pandémica], cada dose conta”, concluiu Stella Kyriakides.

O anúncio surge depois de, na sexta-feira, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) ter dado luz verde ao uso do fármaco da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 em adolescentes dos 12 aos 15 anos, sendo esta a primeira vacina aprovada para esta faixa etária.

O anúncio foi feito pelo chefe da Estratégia de Vacinas e Ameaças Biológicas para a Saúde da EMA, Marco Cavaleri, que em conferência de imprensa explicou que a vacina deve, à semelhança do que é recomendado para adultos, ser administrada em duas doses com um intervalo de três semanas.

Os especialistas da EMA consideram que a vacina é segura e eficaz em adolescentes dos 12 aos 15 anos, cujo uso nesta faixa etária já estava autorizado nos Estados Unidos.

A vacina do consórcio Pfizer/BioNTech estava antes aprovada na Europa para pessoas a partir dos 16 anos.

Segundo o regulador europeu do medicamento, a eficácia da vacina nesta faixa etária foi demonstrada num ensaio clínico com aproximadamente 2.000 participantes, com a resposta imunitária a revelar-se semelhante, e por vezes melhor, à de jovens adultos.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 na UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em doses aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como aliás aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.

A ferramenta online do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE e que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que até ao momento uma média de 20% da população adulta da UE está totalmente inoculada (com as duas doses da vacina contra a Covid-19), enquanto cerca de 44,1% recebeu a primeira dose.

Em termos absolutos, isto equivale a 232 milhões de doses de vacinas administradas de 267 milhões de doses recebidas.