As startups não são um conceito recente, mas a verdade é que podemos dizer que atualmente são mais populares do que nunca. Os casos de sucesso multiplicam-se e vão alimentando o sonho de pessoas de todas as idades, à procura da ideia criativa que pode revolucionar as suas carreiras e até o mundo que as rodeia. É bom lembrar que gigantes consolidados e inescapáveis, como a Google, a Apple e o Facebook, começaram como startups.

O sucesso das startups não acontece apenas além-fronteiras: são muitas as empresas nacionais que geram receita e empregos em Portugal, e integram as listas mais destacadas da Europa e do globo. Por exemplo, a Wired já fez um especial sobre as startups portuguesas e, em 2020, cinco tecnológicas nacionais chegaram à final da competição Tech5, que integrava as 100 melhores novas empresas tecnológicas da Europa.

Segundo um relatório divulgado no final de 2020, da responsabilidade da BGI – Building Global Innovators — em colaboração com EIT Digital e com dados da Informa D&B —, as 25 principais startups em 2015-2020 geraram mais de 113,4 milhões de receita e criaram mais de 600 empregos nesse período. A relevância das startups para a economia é um facto adquirido: em 2019, a Startup Portugal anunciou que estas empresas já representavam 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. A conclusão surgia na sequência dos números apresentados em 2018, ano em que os empreendedores portugueses tiveram mais de 2,2 mil milhões de euros em vendas e serviços.

E, mesmo com o impacto da pandemia, a expetativa continua a ser de crescimento para a importância das startups na economia mundial. Apesar do período conturbado que continuamos a viver, não há dúvidas que o contexto é o ideal para o surgimento de novas startups. Ora vejamos: há novos problemas à procura de resposta — o que é propício ao aparecimento de novas ideias —, o mercado online disparou e será cada vez mais uma tendência, e há uma maior consciencialização por parte da sociedade em geral para a necessidade de soluções mais amigas do ambiente.

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O que é uma startup?

O uso do termo startup remonta ao final da Segunda Guerra Mundial, popularizando-se primeiramente no âmbito da tentativa de impulsionar as empresas focadas em tecnologia, muitas vezes como apoio à produção de armamento ou aviões. Atualmente, startup é sinónimo de novidade, mas continua a associar-se à tecnologia e à criatividade. Recorrendo à origem da palavra, “start” está relacionado com começar, e “up”, com subir, pelo que a sua combinação transmite a ideia de uma empresa nova e com tendência para crescimento.

Uma startup é uma empresa, mas também uma visão diferenciadora que procura explorar uma oportunidade de negócio numa área inovadora ou desaproveitada. Em vez de ser apoiada num modelo fixo, tem um conceito mais fluído, adaptando-se às oportunidades que surgem. As startups são associadas à área da tecnologia e da inovação, tendo como a sua principal referência Silicon Valley, nos Estados Unidos da América, onde ainda hoje estão algumas das principais startups mundiais.

Apesar de estarem relacionadas com a ideia de crescimento rápido, as startups estão muito ligadas à ideia de incerteza. É possível que a empresa não encontre logo o seu mercado definido e tenha de explorar possibilidades até se consolidar e ter, assim, o seu núcleo de clientes. Tudo começa com a ideia, mas será que existem interessados no meu produto? A sua concretização e aplicação vai ser lucrativa? A sua execução é realmente possível?

Uma startup é, por natureza, uma aposta que envolve um certo nível de risco. Mas é caso para dizer que o risco (muitas vezes) compensa.

O que é preciso para ser considerada uma startup?

Como percebemos, há algumas ideias que sustentam a definição de startup. Para resumir:

  • Ter um novo conceito de mercado, de natureza instável e que se vai adaptando às oportunidades;
  • O risco nem sempre ser fácil de avaliar à partida, ainda que exista;
  • Ser tradicionalmente tecnológica e recorrer a novas tecnologias;
  • O potencial de crescimento ser elevado.

Todas as novas empresas são uma startup?

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A resposta é direta: não. Como percebemos, uma startup compreende uma série de “critérios”, sobretudo relacionados com a inovação, tecnologia e algum risco. Criar um novo negócio não é, portanto, sinónimo de startup.

Atendendo à natureza destas empresas, o investimento inicial é a “origem” de tudo, já que permite criar as condições necessárias para impulsionar o negócio. Os investimentos são tradicionalmente mais elevados do que acontece noutro tipo de empresas, mas, ao mesmo tempo, também os lucros esperados de uma startup inovadora são mais altos e imediatos do que num negócio dito tradicional.

Soluções para o financiamento

Lançar uma startup é sinónimo de um importante investimento inicial. Uma das opções passa por convencer investidores a apostarem na sua ideia inovadora, mostrando de que forma esta tem o tal potencial disruptivo inerente a estas empresas. Mas obter uma ajuda junto de terceiros implica um acordo, que envolve, muitas vezes, a cedência de uma percentagem relevante da startup. Isto para que os investidores possam recuperar, através de lucros, o investimento que fizeram na empresa, e este se torne também mais atrativo.

Mas há alternativas. Programas como o “Start & Pulse”, uma iniciativa promovida pelo Banco Credibom que já teve duas edições, podem ser um bom catalisador para startups e PME nacionais. Este programa internacional visa distinguir projetos inovadores que, com recurso a novas soluções tecnológicas, melhorem o modelo de negócio do Credibom. Podem participar neste concurso, gratuito, pequenas e médias empresas e startups, além de projetos universitários e de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT).

Além da oportunidade que representa, o “Start & Pulse” aproxima os projetos mais inovadores de potenciais interessados. Na fase de experimentação, os projetos selecionados devem desenvolver uma prova de conceito, em conjunto com o Credibom, que pode depois ser testada pelos seus clientes e parceiros. Já a empresa vencedora recebe um prémio monetário, a definir em cada edição, e há a possibilidade de apresentar o seu negócio a outras empresas do Grupo Crédit Agricole Consumer Finance.

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