O Produto Interno Bruto (PIB) do G20 regressou no primeiro trimestre ao nível registado no final de 2019, antes do início da pandemia, ao crescer 0,8% em cadeia, embora existam muitas diferenças entre os países membros.
Num comunicado divulgado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que entre as economias do G20, a Índia, Turquia e China, cujos PIB já estavam acima dos níveis de antes da pandemia no último trimestre de 2020, continuaram a recuperar no primeiro trimestre deste ano, com crescimentos de 2,1%, 1,7% e 0,6%, respetivamente, (contra 9,3%, 1,7% e 2,6% no trimestre anterior).
O PIB na Austrália, Coreia e Brasil também voltou aos níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021, com taxas de crescimento de 1,8%, 1,7% e 1,2%, respetivamente.
Para as restantes economias do G20, o PIB ainda está atrasado em relação aos níveis pré-pandemia, com os países a registarem desenvolvimentos divergentes no primeiro trimestre de 2021. Enquanto o crescimento do PIB acelerou nos Estados Unidos (para 1,6%, contra 1,1% no quarto trimestre de 2020) e Itália (para 0,1%, contra uma contração de 1,8%), o crescimento abrandou na Indonésia (para 1,6%, contra 2,3%), Canadá (para 1,4%, contra 2,2%), África do Sul (para 1,1%, contra 1,4%) e México (para 0,8%, contra 3,2%).
O crescimento tornou-se mesmo negativo na Alemanha (contração de 1,8%, contra crescimento de 0,5%), no Reino Unido (contração de 1,5%, contra crescimento de 1,3%), no Japão (contração de 1,0%, contra crescimento de 2,8%) e na Arábia Saudita (contração de 0,1%, contra crescimento de 2,5%). Em França, o PIB continuou a contrair-se pelo segundo trimestre consecutivo, embora a um ritmo mais lento (-0,1%, contra -1,5%).
Globalmente, o Reino Unido e a Itália registaram as maiores diferenças em relação aos níveis do PIB pré-pandemia, -8,7% e -6,4%, respetivamente, mas também a Alemanha, a França, a zona euro e a União Europeia ainda registaram diferenças de mais de 4,0%.
O crescimento homólogo do PIB da zona do G20 foi de 3,4% no primeiro trimestre de 2021, depois de uma contração de 0,7% no trimestre anterior. Entre as economias do G20, a China, atingida pela pandemia numa fase anterior à de outros países, registou o maior crescimento homólogo (18,3%), enquanto o Reino Unido registou a maior contração homóloga (-6,1%).