Israel lançou vários ataques aéreos contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza, depois de terem sido lançados balões incendiários deste local, avança a BBC. É o retomar das hostilidades entre os dois territórios, o primeiro confronto desde o cessar fogo entre os israelitas e os palestinianos do Hamas, declarado a 21 de maio. As autoridades de Israel afirmam que os ataques não fizeram feridos.

Este ataque é também o primeiro que acontece sob a nova liderança israelita, encabeçada pelo novo primeiro-ministro do país, Naftali Bennett, que sucedeu a Benjamin Netanyahu neste cargo.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os aviões de combate atingiram alvos militares operados pelo Hamas em Khan Yunis e na Cidade de Gaza. A mesma nota refere que houve “atividade terrorista” neste local e o exército israelita estava “preparado para todos os cenários, incluindo a retomada das hostilidades, em face dos contínuos atos de terror na Faixa de Gaza”.

De acordo com a Reuters, um porta-voz do Hamas, confirmou os ataques de Israel e afirmou que os palestinianos continuarão a perseguir sua “brava resistência e defender seus direitos e locais sagrados” em Jerusalém.

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No Twitter, a conta oficial das IDF partilhou um vídeo do ataque. Na mesma rede social tem sido partilhado outro vídeo no qual, alegadamente, se vê o ataque desta noite. Como avança a RT, os balões incendiários terão causado pelo menos 20 incêndios em alguns pontos ao redor de Israel.

O Hamas ameaçou recentemente que ia atuar contra uma marcha feita por israelitas na terça-feira para celebrar a vitória do seu país na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Antes da marcha, os órgãos de comunicação locais noticiaram que o exército de Israel estava em alerta máximo. O sistema de defesa antimísseis do país, o “Iron Dome”, tinha sido ativado para conter possíveis disparos de mísseis.

A “Marcha das Bandeiras”, como foi apelidada, obrigou as autoridades israelitas a aumentar a segurança perante o risco de o desfile, organizado por jovens ultranacionalistas, degenerar em violência e provocar agressões a partir de Gaza, depois de o movimento islâmico Hamas ter apelado para um “Dia da Ira”, como retaliação.

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Durante 11 dias de combate em maio, pelo menos 256 pessoas foram mortas em Gaza e outras 13 em Israel. O Gabinete de Segurança do ex-primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aprovou a 21 de maio o cessar-fogo unilateral que interrompeu a intervenção militar que decorreu na Faixa de Gaza.

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