A manifestação do Movimento Zero terminou onde começou, frente à Assembleia da República, cerca das 22h00, depois de uma desmobilização contínua dos participantes a partir das 21h00. Já eram menos de uma centena os manifestantes do Movimento Zero que permaneciam concentrados frente ao Parlamento quando às 21h45 chegou o pedido ao megafone, vindo da tenda de apoio à manifestação, para que os que ainda resistiam se aproximassem do local.

Desde as 21h00 que era visível e constante a desmobilização, em pequenos grupos, diminuindo a mancha humana junto às escadarias, onde a Polícia de Segurança Pública (PSP) de serviço vigiava os polícias que se manifestavam. Ainda antes das 22h00, foi reaberta a circulação ao trânsito naquele local e pouco depois começaram a ser retiradas as faixas que os manifestantes tinham expostas nas baias de proteção à escadaria da Assembleia da República. A PSP deslocou para o local um forte contingente policial, mas a manifestação terminou sem incidentes.

Os elementos das forças de segurança pertencentes ao Movimento Zero iniciaram o protesto cerca das 11h00 em frente à Assembleia da República e, após uma pausa para almoço, o número de manifestantes aumentou e a PSP reforçou o policiamento. O reforço, com elementos da Unidade Especial de Polícia e equipas de intervenção rápida, foi realizado após alguns dos manifestantes terem vestido os polos de serviço da Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana.

Os polos foram, entretanto, despidos e os manifestaram voltaram a vestir as camisolas pretas ou brancas do Movimento Zero, mas por volta das 20h00 foram novamente vestidos por alguns dos polícias.

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Os elementos das forças de segurança decidiram, cerca das 15h30, abandonar a zona da Assembleia da República para alegadamente de dirigirem em direção ao Ministério da Administração Interna (MAI), mas a meio do percurso voltaram para trás.

O percurso foi iniciado pela avenida D. Carlos I, onde o trânsito não tinha sido previamente cortado, o que levou a fortes perturbações. Já junto à Avenida 24 de Julho, o protesto iniciou o caminho de retorno para a Assembleia da República, onde permanecia cerca das 16h00 e onde foi montado um cordão de segurança por elementos da PSP.

Passados 30 minutos os manifestantes abandonaram de novo a Assembleia da República e rumaram para o Ministério da Administração Interna, onde se encontrava um forte dispositivo policial e proteções com grades. Na Praça do Comércio, estiveram apenas cerca de 10 minutos e depois, ao longo de duas horas e meia, percorreram as principais ruas de Lisboa, onde o trânsito teve de ser encerrado em hora de ponta.

Fonte da PSP disse à Lusa que o Comando Metropolitano de Lisboa vai apresentar uma queixa ao Ministério Público, uma vez que a manifestação estava apenas autorizada para ser realizada junto do parlamento.

Ao longo do percurso, gritaram palavras de ordem como “Zero”, “Cabrita rua”, referindo-se ao ministro da Administração Interna, a quem também foram dirigidos vários insultos.

Entretanto, os manifestantes voltaram a concentrar-se em frente à Assembleia da República. Inicialmente chegaram a estar no protesto algumas centenas de elementos das forças de segurança, mas o número às 21:00 era mais reduzido.

A escadaria do Parlamento e zonas laterais da Assembleia da República foram protegidas com gradeamentos de metal e blocos.

Centenas de polícias pertencentes ao Movimento Zero concentraram-se esta segunda-feira em frente à Assembleia da República para exigir a atribuição do subsídio de risco e a atualização salarial.

Com o lema “hora de agir – unidos somos a tempestade que os atormenta!” a concentração é organizada pelo movimento inorgânico Zero, que surgiu nas redes sociais, e que congrega elementos da PSP e da GNR.

Entre os principais problemas que os elementos das forças de segurança indicam está a atribuição do subsídio de risco que o Governo prometeu até ao final do mês de junho e a atualização dos índices remuneratórios das tabelas salariais. Nesta concentração estão ainda presentes alguns dirigentes dos sindicatos menos representativos da PSP.