Uma investigação arqueológica japonesa descobriu o esqueleto de um pescador que pode ter sido uma das primeiras vítimas de um ataque de tubarão, há três mil anos.

O objetivo da investigação, realizada por especialistas da Universidade de Kyoto, era estudar a presença de ferimentos e traumas entre os restos mortais de caçadores pré-históricos, mas este caso despertou a atenção.

“Ficámos intrigados sobre o que podia ter causado 790 cortes irregulares e profundos” num esqueleto encontrado no Mar Interior de Seto, no Japão, disseram os investigadores.

Os dois dos responsáveis pela descoberta, Alyssa White e Rick Schulting, indicaram que a maioria das feridas foram detetadas nos braços, pernas e tórax. Rapidamente perceberam que não poderiam ter sido causadas na sequência de um confronto entre humanos, colocando a hipótese de ter sido atacado por um predador.

“Dada a distribuição das marcas de dente no osso, as únicas duas espécies com as quais a mordida é compatível são o tigre ou o tubarão branco”, refere o estudo.

A investigação concluiu que o pescador morreu entre o ano 1370 e o ano 1010 antes de Cristo e que estava vivo durante o ataque. Além disso, no momento em que foi enterrado, este homem não tinha a perna direita e, a esquerda, também mutilada, foi colocada sobre o seu peito. 

Suspeita-se que estivesse a pescar na altura do ataque. Uma das hipóteses apontadas pelo estudo é que o tubarão possa ter sido atraído pelo cheiro do isco utilizado pelos pescadores.

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