O presidente da Câmara de Sines (Setúbal), Nuno Mascarenhas, disse esta quinta-feira que o investimento de 657 milhões de euros da Repsol Polímeros no Complexo Industrial de Sines vai contribuir para atrair riqueza e emprego para a região.

“É um projeto muito interessante para o município, para a região e, sobretudo, para o país”, sublinhou o autarca em declarações. Apesar de se tratar de “uma petroquímica”, o projeto prevê a construção de duas fábricas, “uma de polipropileno e também de polietileno”, permitindo que “este complexo se possa adaptar à transição energética e de circularidade”, sublinhou.

“Para isso [a empresa] tem de fazer os investimentos adequados, não só ao nível da capacidade de expansão do complexo [petroquímico de Sines], mas também ao nível do posicionamento do país em termos de transição energética e ambiental”, acrescentou. Para o autarca, “os investimentos que visem melhorar e aperfeiçoar todos os sistemas são importantes”, não só ao nível técnico, como também “na criação de riqueza e de emprego” na região.

“Esta é uma intenção que tem estado a ser trabalhada ao longo de muitos meses, é um projeto considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN)” e, apesar de estar esta quinta-feira em discussão na reunião de Conselho de Ministros, “existem outras fases, não só de acompanhamento, como de licenciamento que se seguirão”, evidenciou.

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Por isso, o autarca garante que o município de Sines “está empenhado para que este seja mais um projeto de sucesso, que crie riqueza e emprego, sendo essa a nossa grande aposta”. O Conselho de Ministros aprecia esta quinta-feira a atribuição de incentivos fiscais de até 63 milhões a um projeto de 657 milhões de euros da Repsol no Complexo Industrial de Sines, apontado como o “maior investimento industrial” da última década.

“O Conselho de Ministros terá a oportunidade de apreciar hoje um conjunto de investimentos, entre eles, provavelmente, o maior investimento industrial dos últimos 10 anos. É um investimento da Repsol, que vai não só contribuir para a descarbonização da economia portuguesa, como vai focar-se nos objetivos que temos de aumentar as exportações e diminuir as importações”, avançou o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

Em causa está um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) para ampliação do Complexo Industrial de Sines da petrolífera Repsol, com a construção — prevista para arrancar este ano e terminar em 2025 – de duas novas fábricas de materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis, para as indústrias automóvel, farmacêutica ou alimentar, entre outras.

Segundo salientou o secretário de Estado, “estima-se que, em momento de cruzeiro, o impacto direto do projeto na balança comercial de bens poderá andar muito próximo dos 800 milhões de euros”. O secretário de Estado apontou ainda a criação prevista com o projeto de 75 novos empregos permanentes, a que a acrescem, durante a fase de construção, uma média de 550 postos de trabalho, que poderão chegar a um pico de mais de 1.000 pessoas.