O pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, deixará de ter a função de centro de acolhimento de emergência para pessoas em situação de sem-abrigo no final do mês, regressando à prática desportiva, anunciou esta terça-feira a autarquia da capital.

“O pavilhão do Casal Vistoso já está com uma ocupação muito reduzida e será entregue ao desporto no final deste mês de julho”, revelou o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, Manuel Grilo (BE).

Falando na reunião plenária da Assembleia Municipal de Lisboa, no período de perguntas ao executivo da Câmara, o autarca acrescentou que as obras de requalificação do quartel de Santa Bárbara, em Arroios, que vai ser um centro de acolhimento para pessoas em situação de sem-abrigo, estão atrasadas.

Manuel Grilo estimou que a reabilitação do antigo quartel da GNR – inicialmente prevista estar concluída no início do verão – esteja concretizada em setembro.

O vereador do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS) justificou o atraso com o facto de terem sido “identificados problemas a necessitarem de reforço estrutural”. Relativamente aos utentes do pavilhão do Casal Vistoso, Manuel Grilo referiu que, neste momento, são “menos de 40” e garantiu que será encontrada uma solução para os mesmos até ao final do mês, sem revelar qual.

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O vereador dos Direitos Sociais disse ainda que o novo equipamento terá capacidade para acolher um máximo de 128 pessoas em situação de sem-abrigo, sobretudo da freguesia de Arroios.

Os quatro centros de emergência para sem-abrigo criados no âmbito da pandemia de Covid-19, em funcionamento neste momento, estão instalados no Pavilhão do Casal Vistoso, na Casa do Lago (exclusivo para mulheres), na Pousada da Juventude do Parque das Nações e na Casa dos Direitos Sociais da autarquia (para onde foram transferidas no início de outubro as pessoas que estavam no centro instalado no Clube Nacional de Natação).

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.044.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 187,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.173 pessoas e foram registados 912.406 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.