O Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC) e a Agência Europeia do Medicamento (EMA) incentivam os países europeus a adaptarem as estratégias de vacinação, de acordo com a situação da pandemia, nomeadamente reduzindo o intervalo entre duas doses ou usando doses diferentes, se necessário. Uma medida que foi desaconselhada pela Organização Mundial de Saúde — pelo menos, quando a opção é feita pelo cidadão.
“Uma estratégia de vacinação heteróloga, em que uma vacina diferente é dada como segunda dose, tem sido aplicada para algumas outras vacinas, em termos históricos”, refere o comunicado conjunto. “Existem bons fundamentos científicos para esperar que esta estratégia seja segura e eficaz quando aplicada à vacinação contra Covid-19.”
O uso de uma estratégia de vacinação heteróloga pode permitir que as populações sejam protegidas mais rapidamente e fazer melhor uso dos stocks de vacinas disponíveis”, dizem os organismos europeus.
O ECDC e a EMA recomendam ainda que as pessoas completem o esquema vacinal (com duas doses quando for caso disso), porque “as duas doses são necessárias para uma proteção adequada contra a variante Delta”. E reforçam a necessidade de ter os mais velhos completamente vacinados.
Há ainda 10 países da União Europeia e Espaço Económico Europeu onde 30% ou mais dos idosos com mais de 80 anos ainda não completaram o esquema vacina”, alertam os organismos europeus.
As duas organizações pedem também que os países aumentem a taxa de vacinação entre os profissionais de saúde e os trabalhadores de lares e instituições similares, para proteção dos próprios, das famílias e dos doentes/utentes.
Quanto à terceira dose de reforço, o ECDC e a EMA dizem que “ainda é muito cedo para confirmar se e quando uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 será necessária”, mas asseguram que estão a trabalhar em conjunto para analisar os dados que forem saindo em relação a esse tópico.