Portugal recebeu esta terça-feira 200 mil doses da vacina da AstraZeneca oriundas da Hungria  e pagou 365 mil euros pelo transporte das vacinas que foram doadas.

“Nos termos deste acordo, Portugal adquire 200 mil doses de vacinas AstraZeneca à Hungria que serão usadas para reforçar as nossas doações de vacinas aos países africanos de língua portuguesa e a Timor-Leste”, disse Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, que se reuniu com o homólogo húngaro, Péter Szijjártó, esta terça-feira em Lisboa.

O chefe da diplomacia portuguesa elogiou o “espírito da cooperação europeia” e recordou que o primeiro-ministro, António Costa, tinha anunciado, na recente cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, que Portugal iria triplicar as doações de vacinas aos países africanos de língua portuguesa e a Timor-Leste.

“Isto significa doar três milhões de vacinas e, para isso, temos em conta não só as contratações diretas que fizemos de vacinas, mas também as compras que podemos fazer a outros países Estados-membros da União Europeia [UE]”, precisou Augusto Santos Silva.

Por sua vez, o ministro húngaro destacou que a “Hungria adotou uma estratégia um pouco diferente” do que os restantes estados-membros da União Europeia (UE). “Logo no início se fez compras além das vacinas ocidentais, também se comprou vacinas orientais”, assinalou Péter Szijjártó, que afirmou que isso permitiu que a Hungria tivesse um “grande stock de imunizantes”.

Se tivéssemos cedido aos ataques [da UE] de não comprar vacinas orientais não estaríamos na posição para ajudar outros”, rematou.

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