O Grupo Renault, que engloba as marcas Alpine, Dacia, Lada e Samsung Motors, além da Renault, assinou um acordo de entendimento com a Geely Holding, o maior construtor privado chinês, que é dono da Lotus, Volvo e o maior accionista da Daimler, a casa-mãe da Mercedes, a quem adquiriu igualmente 50% da Smart. A estratégia, pelo menos de momento, visa exclusivamente os veículos híbridos plug-in (PHEV) e concentra-se nos mercados chinês e sul-coreano.

Este novo acordo marca o regresso da Renault à China, depois da parceria com os também chineses da Dongfeng Motor ter terminado em 2020. Desta vez a estratégia é distinta, com a Geely a produzir os Renault equipados com mecânicas PHEV, para venda no mercado local e exportação para os países vizinhos. Na informação divulgada pela Automotive News não foram mencionados os modelos híbridos plug-in envolvidos nas negociações, mas de momento a Renault possui versões PHEV no Captur e Mégane, prevendo-se para breve que esta tecnologia seja alargada ao Clio e ao Arkana.

Da nova parceria com os franceses, a Geely retira experiência na tecnologia PHEV e ganha acesso à ajuda da Renault Samsung Group para entrar no mercado sul-coreano, onde a Renault tem presença há 20 anos. Este é um mercado muito interessante para os fabricantes chineses, mas onde é complexo para a Link & Co (marca da Geely) entrar e ser competitiva sem a colaboração de um construtor local. O acordo deverá ser alargado posteriormente a outros mercados.

Apesar da parceria estar centrada nos PHEV, tudo indica que Renault e Geely estão a estudar a possibilidade de desenvolver veículos eléctricos em conjunto.

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