CJ Ujah, “sprinter” britânico, foi suspenso provisoriamente por ter violado as regras antidoping por ter testado positivo para duas substâncias banidas. Aconteceu depois de ter ganho a medalha de prata nos 4×100 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A confirmar-se o castigo, o Guardian diz que é o maior escândalo da história olímpica britânica. Em Tóquio, a Grã-Bretanha venceu 65 medalhas, mas poderá ficar sem esta prata, com Ujah a arriscar uma suspensão de quatro anos. Isto, se o atleta não conseguir explicar como é que as substâncias apareceram nas análises.
As substâncias proibidas são, neste caso, ostarine e S-23, que foram classificadas como sendo de um novo grupos chamado, em inglês, “androgen receptor modulators (Sarm). Estes Sarm são usados para “imitar” testosterona, ligando-se a determinados recetores de hormonas em determinadas partes do corpo, explica o jornal inglês, melhorando assim a performance.
A Agência Internacional de Testes, que fez a recolha da a mostra de Ujahm revelou que o resultado veio de um teste logo após a conquista da medalha nos 4×100 metros. O atleta tem ainda o direito de pedir a análise de outra amostra (“B-sample”). Mas caso esta confirme o uso das Sarm, “o caso irá para a divisão de anti-doping do tribunal arbitral do desporto” que depois adjudicará o caso a quem de direito. E é aqui, ao confirmar-se a irregularidade, que a equipa da Grã-Bretanha será desqualificada.
Antes dos Jogos Olímpicos, CJ Ujah revelou que o Budismo Zen e a meditação matinal o ajudaram a voltar ao seu melhor de 2021, depois de anos de pior performance. Em 2017, por exemplo, ganhou a Diamond League e a medalha de ouro nos mundiais, mais uma vez nos 4×100 metros.
“Desde janeiro que ouço muitos podcasts e audiobooks a ver com o Budismo Zen e a meditação. Estas coisas estão a ajudar-me. É tudo sobre manter-me calmo em situações que podem não ser calmas. Nunca me senti tão confiante na minha carreira”, disse então.