O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu esta quinta-feira, perante a possibilidade de um forte afluxo de refugiados do Afeganistão, de que a Turquia não está disposta a ser o “armazém de refugiados da Europa”.

“A Europa transformou-se no centro de atração de milhões de pessoas, está a fechar as suas fronteiras e não pode ficar à margem deste problema”, disse Erdogan num discurso transmitido pela televisão.

“A Turquia não tem a responsabilidade nem a obrigação de se tornar o armazém de migrantes e refugiados da Europa”, sublinhou.

Neste momento, a Turquia acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos, números que poderão ser superiores dado que há um número desconhecido de migrantes indocumentados.

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O chefe de Estado turco indicou que cerca de 450.000 sírios regressaram ao seu país por decisão própria, enquanto 235.000 afegãos “foram enviados” de volta, sem especificar o período em que ocorreram essas repatriações.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, assegurou na quarta-feira à agência noticiosa espanhola Efe que a situação no Afeganistão vai ser diferente da guerra na Síria e da onda migratória de 2015.

A esse respeito, Borrell propôs formas de “cooperação regional” com países da Ásia Central e a Turquia.