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"Rezo para ele ganhar." Rui Moreira entre a volta à obra feita e as promessas para os próximos anos

Este artigo tem mais de 2 anos

Desde o primeiro dia oficial de campanha eleitoral que Rui Moreira tem várias ações diárias, a grande maioria para mostrar o que foi feito e para deixar claro que há mais trabalho em andamento.

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(Rui Oliveira/Observador)

(Rui Oliveira/Observador)

Rui Moreira é um dos autarcas que quase podem cantar vitória antes da noite eleitoral de 26 de setembro. As sondagens dão-lhe um resultado tão confortável que anda nas ruas a lutar pela maioria absoluta no executivo — que já tem — e na assembleia municipal. É esse o foco do atual presidente da Câmara do Porto e recandidato ao cargo e é por isso que tem caminhado atrás da obra feita nos últimos anos.

Da habitação à segurança, passando pelo investimento na ação social e no desporto, Rui Moreira palmilhou dezenas de quilómetros nos últimos dias para mostrar o que foi feito pelo executivo, o que melhorou na cidade e, mais do que isso, para mostrar que os portuenses estão agradecidos.

Maria Cristina Pereira vive nas habitações do bairro Rainha D. Leonor que foram reabilitadas e segue na frente da comitiva de Rui Moreira que visitou o local. Abre caminho e abre também a porta de casa ao “senhor presidente”. “A minha casa está impecável, não tem humidade nenhuma. Vivo aqui desde que o outro partido fez de duas casas uma, o nosso presidente continuou tudo igual. Tem sido um grande presidente para nós”, garante.

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Praticamente sem fôlego tanto é o entusiasmo e a vontade de mostrar todos os cantos à casa, aponta para as paredes, abre janelas, mostra a varanda e defende quem deixa críticas ao autarca: “Melhor? Para pobres estamos muito bem.” Em casa só trabalha uma pessoa, Maria Cristina Pereira, que paga 60 euros de renda e Rui Moreira nem precisa dizer nada.

Os elogios não chegam e a fã de Rui Moreira só confia em Deus. Por cima do frigorífico estão vários santos e a imagem do atual presidente da autarquia está mesmo ali — ali e espalhada por vários sítios da casa entre panfletos e jornais de campanha. “Rezo para ele ganhar”, sussurra.

A porta fecha-se e a anfitriã volta a colocar-se à frente da arruada, ao lado da mãe — que também tem uma casa no bairro — e da comitiva do movimento “Aqui há Porto”.

Pelo caminho ficam outras dores, mas dão muito menos nas vistas. Duas senhoras queixam-se que caíram por causa do piso. “Escorrega muito. Já lá caí e não fui a única. Aconteceu o mesmo a outra vizinha”, conta uma das moradoras do bairro que não se apresenta, mas chama o autarca até ao local. Rui Moreira acaba por não chegar lá, é chamado de um lado e de outro e uma das suas maiores bandeiras está logo ali.

Há quem grite da janela, quem chame, mas há também quem prefira o recato e não esboce um sorriso. À entrada dos prédios construídos de raiz, Rui Moreira mostra-se orgulhoso da obra que é considerada “o melhor bairro de habitação social de Portugal, com classificação energética A+”.

Rui Moreira cumpriu 16 das 30 principais promessas. Mas há quase metade em curso ou por cumprir

Ao fim do dia, a passagem pelo Bairro do Pereiró e pelo Bairro das Campinas foi menos emotiva. Nem Rui Moreira nem a comitiva entraram em nenhuma casa, mas seguiram para um campo de futebol também ele construído pela câmara. Ninguém deu uns toques na bola, o mesmo que aconteceu no skate park pouco antes, no Parque Desportivo de Ramalde, onde Rui Moreira não se aventurou a subir ao skate.

(Rui Oliveira/Observador)

Também ali havia contas e louros a apresentar, por ter havido investimento público de “mais de um milhão de euros”, que incluiu a remodelação do campo de futebol de relva sintética, destinado à prática de futebol e de rugby, e da pista de atletismo envolvente com seis corredores. Não está tudo feito, está ainda em curso uma obra de ampliação deste equipamento e no Parque Desportivo de Ramalde está ainda prevista a construção de um parque infantil.

Apesar de Rui Moreira não ser um aventureiro, ainda houve quem o perseguisse para tirar uma foto com o presidente da câmara, numa altura em que, ao longe e sem grande aparato, se via uma arruada de Tiago Barbosa Ribeiro, candidato do PS à Invicta. O acordeão que seguia na frente fazia-se ouvir, mas não chegou para travar o movimento. “Somos muitos mais do que eles”, ouvia-se de quem seguia caminho sem dar importância aos adversários.

Mas o dia também começou com a certeza de que a vídeo proteção é para avançar no Porto. Está tudo pronto, Rui Moreira foi visitar e dar a conhecer aos jornalistas a sala que está praticamente terminada, mas é ainda preciso “submeter ao Ministério da Administração Interna” e quanto à contratação pública o autarca espera que não seja “muito moroso”, mas não se atravessa porque existe “muita litigância”.

Sobre as críticas da oposição lançadas ao tema, Rui Moreira garante que esta é “fundamental nas cidades” em situações de catástrofe, terrorismo e principalmente para “prevenir a criminalidade e dar aos cidadãos uma sensação de segurança”. Para os que dizem que nada está feito, o autarca defende-se frisando que está tudo a seguir os trâmites normais com a articulação necessária e com uma ressalva: todo o investimento é municipal.

“Julgo que andamos muito mais depressa do que outras cidades”, assegura durante a visita ao Centro de Gestão Integrada (CGI) em que Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública, Batalhão de Sapadores Bombeiros, Proteção Civil Municipal, equipas do INEM, STCP, Metro do Porto, Proteção Civil e operações nas áreas do mobilidade e transportes, ambiente e limpeza urbana trabalham em sintonia.

A vídeo-proteção vai iniciar-se na zona do Porto Central com 40 câmaras e a autarquia tem como objetivo estendê-la às restantes zonas da cidade.

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