O Etna, o vulcão mais ativo da Europa, entrou esta terça-feira em erupção, emitindo cinzas que chegaram a localidades vizinhas e um fluxo de lava.

Os primeiros sinais de atividade foram detetados pela 1h (hora de Lisboa), quando foram sentidos os primeiros tremores vulcânicos. Um comunicado emitido pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia italiano (INGV) durante a madrugada desta terça-feira refere que os valores registados sofreram um aumento significativo pela 1h40.

Foi por essa hora que câmaras de vigilância notaram “atividade eruptiva em curso” na cratera sudeste, a que mais atividade tem vindo a registar. Pelas 5h, esta começou a expelir material vulcânico, formando uma coluna de cinzas e fumo que chegou a atingir os nove metros de altura. Este material foi transportado até às localidades de Fornazzo, Giarre, Riposto e Mascali, na encosta do vulcão.

A atividade vulcânica acentuou-se nos 40 minutos seguintes, com os tremores vulcânicos a atingirem os valores máximos pelas 6h45. Duas horas depois, o INGV anunciou num novo comunicado que o fluxo de lava tinha parado, mantendo-se apenas alguma atividade no interior da cratera. Os tremores tinha registado uma descida substancial. Não foram feitas novas atualizações.

Esta é a segunda vez que o Etna, localizado na ilha italiana da Sicília, entra em erupção em menos de um mês. A 30 de agosto, o vulcão italiano expeliu fluxos de lava e causou a queda de cinzas em algumas aldeias na encosta, noticiou na altura a Euronews.

Esta erupção acontece numa altura em que um outro vulcão europeu, o Cumbre Vieja na ilha de La Palma, nas Canárias, está a causar preocupação após ter entrado em atividade no domingo passado. Seis mil pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas e os responsáveis locais falam em estragos que podem atingir os 400 milhões de euros.

Uma estimativa feita com base em imagens recolhidas por satélite aponta para 166 casas destruídas.

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