São Tomé e Príncipe vai assumir a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) entre 2023 e 2025, revelaram esta sexta-feira responsáveis diplomáticos à Lusa, indicando que a solução foi proposta por Guiné-Bissau.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, declarou como uma “boa notícia” o “acordo” que se obteve esta sexta-feira durante uma reunião informal de chefes da diplomacia dos Estados-membros da CPLP, em Nova Iorque, de que a presidência da organização lusófona ficará a cargo de São Tomé e Príncipe, após o mandato atual de Angola.

De acordo com Santos Silva, a proposta partiu da Guiné-Bissau, que também se tinha mostrado interessada em assumir a presidência.

Não só não houve nenhuma disputa, como houve este gesto de enorme significado que foi ser a Guiné-Bissau a propor a solução que validámos”, sublinhou o ministro português.

O secretário-executivo da organização, Zacarias da Costa, declarou à Lusa, por telefone, que o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, “deixou uma mensagem clara, através da ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, de que veriam com bons olhos que São Tomé assumisse a presidência e depois, então, seria Guiné-Bissau“.

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Ambos os países, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, tinham mostrado o seu interesse em estar à frente da CPLP depois da atual presidência de Angola, que termina em 2023.

Na conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada em julho em Luanda, a decisão sobre a próxima presidência da CPLP foi adiada, com o argumento de que estavam em curso eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe.

Após o ato eleitoral, disse Zacarias da Costa, o próprio Presidente eleito de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, manifestou “vontade de São Tomé poder assumir a presidência rotativa da CPLP em 2023 — 2025”.

Esta sexta-feira, segundo Zacarias da Costa, “houve no discurso da senhora ministra da Guiné-Bissau a saudação da possível presidência de São Tomé e Príncipe”.