John Hinckley Jr, que tentou matar o presidente dos EUA Ronald Reagan, em 1981, para impressionar a atriz Jodie Foster, pode ficar em liberdade total em junho de 2022.

Segundo documentos judiciais, um juiz federal ratificou na segunda-feira um acordo entre o Departamento da Justiça e Hinckley, que foi libertado de um hospital psiquiátrico em 2016, ao fim de mais de 30 anos de internamento.

As regras do seu controlo judicial, que incluem restrição de movimentos e controlo médico, vão ser totalmente levantadas dentro de nove meses na condição de continuar a respeitá-las e permanecer “mentalmente estável”, detalhou o juiz Paul Friedman, conforme uma audiência relatada pela comunicação social norte-americana. “Se não tivesse tentado matar um presidente, já o teríamos libertado há muito mais tempo”, considerou o magistrado.

Porém, a Fundação Ronald Reagan expressou a sua discordância, em comunicado: “Ao contrário do juiz, pensamos que John Hinckley continua a representar uma ameaça para outros e opomo-nos firmemente à sua libertação”. O seu advogado, Barry Levine, citado pela televisão Fox, saudou “um grande dia para a saúde mental”.

Hinckley, que tem 66 anos, disparou sobre Reagan à porta do hotel Hilton, de Washington, em 30 de março de 1981. Declarou que queria impressionar a atriz Jodie Foster, que tinha visto no filme “Taxi Driver”. Foi declarado inimputável pela justiça.

Uma das balas atingiu Reagan no peito, perto do coração. Na ocasião, três outras pessoas foram atingidas, entre as quais o então porta-voz da Casa Branca, James Brady, que ficou parcialmente paralisado e com problemas de fala.

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