Henrique Gouveia e Melo foi o vencedor do prémio Mérito e Excelência da edição deste ano dos Globos de Ouro. Momentos após receber o galardão das mãos de Francisco Pinto Balsemão e Clara de Sousa, o vice-almirante que desta vez trocou a farda pelo fato e laço, agradeceu aos portugueses, aos enfermeiros e aos “32 camaradas” que nos últimos oito meses o acompanharam nesta “batalha”.

Responsável pela task force da vacinação contra a Covid-19 até há pouco tempo, Gouveia e Melo aproveitou para elogiar a “espinha dorsal” deste processo, o Ministério da Saúde, e assinalou que vai entregar o troféu à tutela “como recordação de uma batalha” que todos venceram “em conjunto”.  

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Descrito por Francisco Pinto Balsemão como tendo uma “enorme vontade” e uma “indomável capacidade de força”, Gouveia e Melo reiterou a ideia que apenas “cumpriu uma missão” que lhe deram e disse que o prémio era da “comunidade”, isto é, dos “8,5 milhões de habitantes e residentes do território nacional que vieram ao processo de vacinação”. Sublinhou ainda o papel dos jovens que, mesmo “com muitas dúvidas”, foram vacinar-se. “Tudo isto permitiu recuperar a nossa segurança e a nossa esperança” face a um vírus que Gouveia e Melo descreve como “oportunista” e “terrível”. 

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O vice-almirante aproveitou ainda para agradecer “a todos os profissionais de saúde” que durante oito meses foram “incansáveis” e realçou os enfermeiros, que foram “fantásticos”. “Devemos muito a essa classe”, vincou.

Além disso, o coordenador da task force salientou o papel do poder autárquico que “esteve próximo das pessoas” e cumpriu a sua missão “ajudando neste processo logístico gigantesco”. E referiu que esta “batalha” contra a Covid-19 é uma “guerra mundial”. “Não podemos que no mundo, independentemente da latitude e longitude, não há vidas insignificantes. Somos todos seres humanos.”