Marcelo Rebelo de Sousa considera que a reputação das Forças Armadas “continua intocável”. “Não é por um, dois, quatro, ou dez casos que possam ser punidos exemplarmente […] que a reputação é atingível”, afirma o Presidente da República, aludindo à Operação Miríade.
“Foram anos de dedicação das nossas Forças Armadas, década após década, foram séculos de dedicação”, sublinhou Marcelo, que diz que “sente orgulho” dos militares portugueses. “Foi assim que se fez Portugal, que se fundou Portugal e que se refez a independência. Todos os portugueses se orgulham”, destaca.
O Presidente da República definiu ainda os militares em “palavras muito simples”: “Vós sois o orgulho de Portugal”.
Na madrugada desta terça-feira, na despedida da 10.ª Força Nacional Destacada para a República Centro-Africana (país em que se desenrolou a operação do tráfico de diamantes por forças armadas portuguesas), Marcelo Rebelo de Sousa também elencou os três motivos pelos quais os soldados vão para o país africano:
- A “construção de paz”, que é inseparável de uma missão “também humanitária”. Queremos a “paz”, a “estabilidade social”, de apoio a “populações mais carenciadas”, entre as quais idosos, mulheres e crianças.
- A solidariedade internacional: “Vamos numa missão da Organização das Nações Unidas (ONU) e Portugal tem a honra de “cumprir a solidariedade no quadro da ONU”.
- “As fronteiras de Portugal começam em África.” Para o Presidente da República, nestes dias, para “perceber a expansão do terrorismo”, é necessário entender o equilíbrio de forças no centro e no sul de África. “As fronteiras portuguesas defendem-se em África.”
O chefe de Estado deu ainda conta de que recebeu várias indicações de que os soldados portugueses usufruem de uma elevada reputação no exterior — quer seja na Bósnia, no Afeganistão ou no Kosovo.
No terreno, Marcelo também afirma que as forças portuguesas apresentam traços como “sensibilidade, bravura, entreajuda e solidariedade”, referindo ainda que se deslocará à República Centro-Africana na primavera.